Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
‘Tem
circulado entre a fala de pacientes do meu consultório de psicanálise e pessoas
da minha convivência diária a constatação de que, em geral, a maioria não tem
escutado bem. Não são questões auditivas. São questões de escuta atenta. Então,
reflito bastante sobre tudo o que me dizem e prefiro não encontrar ‘culpados’,
ou seja, colocar a culpa em redes sociais e aparelhos digitais, o que muitos
terapeutas tem feito. Minha preferência é pensar que não estamos nos
concentrando o suficiente na musicalidade da escuta. Afinal, música e escuta
necessitam concentração.
Proponho
uma reflexão baseada na escuta musical : Jesus concentrou com precisão o
coração como o lugar onde a escuta é eficaz. Ele diz que o caminho é fazer como
Ele mesmo, ou seja, sendo manso e humilde de coração. Mansidão e humildade são
palavras que fundamentam a história da escuta humana. Os sábios nos guiaram por
caminhos seguros e foram homens de excelente escuta. Atualmente há uma grande
procura sobre a música como ferramenta de cura, meditação, equilíbrio e paz.
O
cristianismo é mansidão e humildade e, para ser chamada música cristã, os sons
musicais na Igreja necessitam veicular e promover acesso à mansidão e à
humildade no coração humano. Do contrário, torna-se muito grande o risco de
colocar o coração nas deturpações da vida. O Coração de Jesus é a música do
Amor por excelência.
É
tempo de parar e aprender a escutar a Voz que canta no Sagrado Coração de
Jesus, evitando a dispersão e promovendo a concentração. A musicalidade do
Coração Divino rege acordes que conduzem, os que verdadeiramente escutam, ao
caminho seguro da verdadeira paz. Nossa única tarefa é aprender a escutar
sempre. Que o Amor seja nossa música!’
Fonte : *Artigo na íntegra
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