‘Stella Maris’ é o título dado à Nossa Senhora pelos antigos navegantes, que se colocavam à sua guarda e proteção e tanto dependiam das estrelas para se orientar ao cruzar os mares.
Embora atue em todos os continentes, a Obra do Apostolado do Mar não é muito conhecida. Destaca-se pelo profundo zelo pastoral e humano à ‘gente do mar’ (navegantes, marítimos, alunos de institutos náuticos e os que trabalham nos portos), às suas famílias, dependentes e comunidades associadas.
O início deste nobre empreendimento remonta a 1899 na cidade de Glasgow, na Escócia, fortemente ligado aos jesuítas e ao Apostolado da Oração. Tempos depois, em 1920, é agraciado com a bênção da Santa Sé.
Hoje, a alta direção está a cargo do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (PIME) e a coordenação está aos cuidados da Congregação dos Missionários de São Carlos Borromeu, conhecidos como Scalabrinianos, cujo carisma é lidar justamente com a mobilidade humana.
A Obra só deslanchou no Brasil em meados da década de 1970, por iniciativa de Dom David Picão, bispo diocesano de Santos.
Tendo como pano de fundo este porto, o maior da América Latina, relataremos uma dura rotina despercebida do povo em geral.
Os capelães e a equipe de visitadores – funcionários e leigos solidários – se deparam diariamente com inúmeras adversidades ao estabelecer contato nos navios atracados: falta de pessoal fluente em inglês e falta de voluntários (há uma significativa diminuição no número de pessoas consagradas que se ocupam diretamente do ministério), ataque de piratas em pleno século XXI, sequestro de trabalhadores junto com as embarcações, más condições atmosféricas, perigo de acidentes em alto-mar ou no píer, pressões descabidas em torno do tempo de embarque e desembarque, salários atrasados, tripulações abandonadas, doentes necessitando de amparo hospitalar, homicídios, suicídios, dentre outras mazelas.
Os visitadores acompanham os marítimos às casas de acolhida, conhecidas como ‘Stella Maris’ ou Seamen’s Center, e os trazem de volta ao porto.
Nestas casas, usufruem de atendimento espiritual: missa na capela ou mesmo nos navios, confissões e aconselhamentos para os católicos; local para cultos ecumênicos em conjunto com outras confissões religiosas, pois o trabalho pastoral é feito a todos, independente de raça, cultura, nacionalidade ou credo; além de serviços práticos de apoio ao doente, hospedagem, transporte, telefonia, internet, sala de jogos, recreação e biblioteca, apesar dos recursos cada vez mais limitados.
Os ‘migrantes das águas’ - como também são conhecidos – têm diferentes origens e costumes, mas são recebidos como filhos de Deus. Em seguida, partem para seus destinos revigorados e reconfortados com a benção do Senhor.
Para conhecer melhor e/ou participar da Obra do Apostolado do Mar, contacte o coordenador da região América Latina e Caribe, diretor nacional e capelão do porto de Santos – Padre Samuel Fonseca Torres, C.S. (stellamarissantos@yahoo.es) na avenida Washington Luis, 361 – canal 3 – Boqueirão – Santos – SP - fone +55 (13) 3234-8910 e 9772-1191
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