‘Nesta semana que estamos começando, o foco é a missão da Igreja no
mundo, com a Jornada Mundial pela Evangelização dos Povos (Domund) e seu tema
“Fé + Caridade = Missão”. O ponto de partida vem de duas constatações da
Palavra de Deus: a necessidade de orar sempre (Lc 18,1-8 e Ex 17,8-13) e de
proclamar a palavra, insistindo e exortando com toda a magnanimidade e de acordo
com a doutrina (2 Tim 3,14-4,2).
Diz o papa Francisco, no nº 46 da encíclica Lumen Fidei, que os quatro
elementos que contêm o tesouro de memória transmitido a nós pela Igreja são a
confissão da fé, a celebração dos sacramentos, o caminho do decálogo e a
oração. Sobre a oração do Senhor, o Pai-Nosso, ele destaca que o cristão
aprende, através dela, a compartilhar a mesma experiência espiritual de Cristo
e a ver com os olhos de Cristo. A partir daquele que é luz da luz, o Filho
Unigênito do Pai, também nós conhecemos a Deus e podemos acender nos outros o
desejo de aproximar-se dele. O número 51 nos diz que as mãos da fé se alçam ao
céu, mas, ao mesmo tempo, edificam na caridade uma cidade construída sobre
relações que têm como fundamento o amor de Deus.
A nossa experiência, o nosso modo de presença no mundo, de cada dia, em
qualquer circunstância, está de acordo com Jesus Cristo? Somos sustentados pela
comoção perante o Seu olhar e a Sua voz que tanto nos correspondem, abraçam e
renovam?
Na assembleia plenária do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova
Evangelização, dizia também o papa Francisco que temos que “despertar no
coração e na mente dos nossos contemporâneos a vida da fé. A fé é um dom de Deus,
mas é importante que nós, cristãos, mostremos que vivemos a fé de modo
concreto, através do amor, da concórdia, da alegria, do sofrimento, porque isto
suscita perguntas, como acontecia no começo da vida da Igreja: por que eles
vivem assim? O que os impulsiona? São interrogações que apontam para o coração
da evangelização, que é o testemunho da fé e da caridade”.
Nesta semana também contamos com uma pessoa excepcional que ilumina esse
caminho da nossa tarefa missionária no mundo: o bispo Santo Antônio Maria
Claret (1807-1870), cuja memória celebramos na quinta-feira, dia 24. No número
264 da sua Autobiografia, ele nos fala da oração como meio do seu apostolado:
“O primeiro meio de que sempre me vali e me valho é a oração. Este é o meio
máximo que considero necessário… Não só orava eu, mas pedia ainda que orassem
os outros”. Assim orava o sacerdote, contemplativo na ação, com a consciência
plena de um autêntico missionário apostólico, ungido pelo Espírito, para falar
aos pobres anunciando a eles a Boa Nova. O pe. Claret, missionário apostólico,
nos mostra hoje que nós, ao ser ungidos como Cristo, devemos agir como ele,
sanando, curando, consolando, sendo anúncios vivos da urgência da caridade do
Senhor para cada um.
Assim, temos de aproveitar qualquer circunstância para comunicar o
evangelho aos homens de hoje, com as nossas palavras e gestos, partindo das
categorias que sejam inteligíveis, singelas, claras, de forma significativa,
que tenham a ver com as preocupações, interesses e necessidades reais das
pessoas. Porque só com a caridade, iluminada pela luz da razão e da fé, é
possível conseguir objetivos de desenvolvimento com um carácter mais humano e
humanizador (Caritas in veritate, 9). Identificando-nos com Jesus Cristo, é
preciso levar hoje, a todos, a Sua presença, de uma experiência nova de afeto,
apego real, a Ele, realizando a comunhão urgente em caridade com Ele e entre
nós. Esta é a nossa missão.’
Fonte :
Artigo na íntegra de http://www.zenit.org/pt/articles/qual-e-a-nossa-missao-no-mundo
Fonte :
Artigo na íntegra de http://www.zenit.org/pt/articles/qual-e-a-nossa-missao-no-mundo
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