sábado, 21 de julho de 2012

O sorriso de Jesus

Por Maria Vanda (Ir. Maria Silvia, Obl. OSB)


                               Não desejo te ver à sombra, onde nada é definido. Queria contemplar Teu Ser, em puro lume, às claras. Espero-te num amor de máximo envolvimento, sem fugas, separações, sem despedidas.

                               Desejo-te, (como a mim possível), pudesses te apresentar como um sol diferente, a reluzir fabuloso nas pontes, nas torres das cidades, nas mais altas nuvens, no breu das noites, com asas de plumas, realçadas em tons azuis; tu derramado em mantos de mil nesgas, resvalavas sorridente, no por do sol, depois nas estrelas, (que em Teu manto se colavam em mil). Engastavas os olhos da lua, com tua luz e raios resplendecentes e nela desvelavas Teus dedos, enchendo de rubor a face dessa amada.

                               No Éden enfim, pousavas e ficavas quieto inaudível, (como a querer manter-se fora de meu alcance, em anuviar-se de mim).

                              A partir daí, eu me derramaria em saudade de Ti, do Teu rastro luminoso, do teu sorriso rasgado e nunca visto, mas permanente em mim.

                                Minha alegria esmaecida resmungaria e de novo se acomodaria dentro do meu ser; até ser minha alma novamente sacudida por um último encontro: já num verde campo, entre montanhas e vales, onde eu, agora, justificada em Ti e por Ti, deixaria, sem medo de perdê-lo, que fosses descansar de buscar-me, sentando-se Radioso em Teu trono, ó meu amado Sorridente Pastor.

                                                                                
                                                                               Maria Vanda
                                                                               Ir. Maria Silvia

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