segunda-feira, 18 de junho de 2012

O empenho da Igreja no combate ao tráfico de seres humanos


Escravidão de crianças-soldado no continente africano  

O Pontifício Conselho da Justiça e da Paz promoveu na Cidade do Vaticano, em meados de maio de 2012, uma Conferência Internacional sobre o Tráfico de Seres Humanos.
Preparado em associação com o Departamento para as Políticas Migratórias da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, o acontecimento teve como objetivo implementar um processo de cooperação entre Igrejas, polícias e organizações internacionais para lutar contra tal aberração em pleno século XXI.

O roubo de órgãos, o trabalho escravo e a exploração sexual – de homens, mulheres, crianças e animais – segundo as Nações Unidas, são os crimes com maior percentual de crescimento, depois do contrabando de armas e de drogas
Mergulhados na exclusão social, inúmeros desvalidos tornam-se a ‘matéria-prima’ para as corporações criminosas.

Neste âmbito, a conferência conseguiu :

ü  Enfatizar a cautela, a atenção, o auxílio pastoral e a recuperação das vítimas, citando o trabalho extraordinário de muitas entidades no combate ao suplício sem fronteiras; todavia, as dificuldades perduram

ü  Evidenciar os métodos que o poder, tanto público quanto privado, pode utilizar em conjunto para extinguir a aterrorizante operação comercial de ‘compra’ e ‘venda’

ü  Ressaltar a preocupação das autoridades vaticanas por uma provável amplitude do tráfico de mulheres para o Reino Unido, em razão dos Jogos Olímpicos de Londres, assim como o alastramento da prostituição e da escravatura sexual nas demais ocasiões. 

Para o Presidente do Pontifício Conselho, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, as leis nacionais e os pactos entre países, são imprescindíveis, mas revelam-se, ainda, ineptos para destroçar esta calamidade. É necessário investir em educação genuína, proporcionar melhores condições de vida aos pobres e, consequentemente, diminuir as chances de serem aliciados pelos espertalhões do submundo.

Concluindo, considera lamentável o não alinhamento à convenção mundial dos direitos dos trabalhadores migrantes e suas famílias, estabelecido em 1990, por muitos países membros da União Européia e/ou do Grupo dos Oito (G-8).



Fonte :

http://www.zenit.org/index.php?l=portuguese 

http://www.radiovaticana.org/index.html

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