Tecumseh
Para deleite dos visitantes e uma justa homenagem ao dia do Índio, segue um poema que muito nos diz. Aos injustiçados, que haja Justiça, mesmo que tardia!
(Tecumseh (1768 - 1812) é o nome
aproximado de um líder indígena dos Shawnee que viveu
no estado de Michigan. Ficou famoso pela coragem e pelas vitórias em inúmeras
batalhas. Tecumseh é um ícone, respeitado pelos povos indígenas americanos e
considerado um herói nacional no Canadá. Mesmo
o seus inimigos declaravam-no um homem genial, de grande bravura e de
sabedoria incontestável.)
Tecumseh
“Quando
o tempo é negro,É preciso suportar o sofrimento.
Se o coração ódio alenta,
Tudo será sufocado,
Como a pedra mata a relva.
E se a hora é chegada,
Empunha a clava,
No fogo da batalha
A coragem encara a morte!
Um
guerreiro nada teme,
E
é mais valentePelos pequenos
Que a ele vêm.
A
terra vive no coração do bravo,
Que
nunca será tão fracoPara dizer: ‘Tomem tudo que é meu!’ ”
A
luz da pantera já se apagava no céu...
E
ele vagou por montanhas e vales,Por onde havia árvores,
E límpida água,
Que espirra da fonte,
No ar, leve, como pena branca...
Vem de longe,
Deve estar com fome,
Não crê nas promessas dos homens,
E prefere morrer pela espada,
Que viver sob as botas.
“Seremos
fortes,
Se
o espírito for puro!O Grande Espírito é meu pai,
A terra é minha mãe,
Em seu regaço me reúno.
Eu voltei pela paz...
Os homens que têm discórdia
Não devem conversar em público,
Mas sob as calmas espirais de fumaça,
Para que não os engane o orgulho.
A vingança
é veneno
atirado
contra
o
vento!
Palavras
saem da boca
E
volteiam nos ouvidos,Palavras podem encher um grande livro...
Eu aprendi os seus caracteres escuros,
E li que Jesus veio ao mundo,
Eles o mataram – o filho de Deus!
E depois mataram
Aqueles que não acreditavam nele.
Quem pode confiar em gente assim?
O
homem branco é como grande serpente,
Que
a todos enganaE a tudo devora.
O seu modo de vida
É a maneira da morte,
Eu estive na grande cidade:
O ruído
desagrega
o espírito.
As
coisas
soterram
até
mesmo
o brilho
das
estrelas.
De
sorte
que
deve haver guerra!”
Ele
pressente no sinal
Riscado
à Facalonga,O guerreiro que sangra até que o sol se ponha...
Por entre as folhas de plátano,
Descansa o Grande Espírito.
(Poema escrito na primavera de
2002)
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