Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
‘A data de hoje lembra o cumprimento, por Maria e José, de um preceito
hebraico. Quarenta dias após dar à luz, a mãe deveria passar por um ritual de ‘purificação’
e apresentar o filho ao Senhor, no templo. Desde o século IV, essa festa era
chamada ‘Purificação de Maria’.
Com a reforma litúrgica (1960), passou-se a valorizar o sentido da ‘apresentação’,
oferta de Jesus ao Pai, para que seu destino se cumprisse, marcando em
consequência a aceitação por parte de Maria do que o Pai preparara para o fruto
de sua gestação. A data passou a ser lembrada então como a da ‘Apresentação do
Senhor’.
No templo, a família foi recebida pelo profeta Simeão e pela profetiza
Ana, num encontro descrito por São Lucas no seu evangelho :
‘Assim que se completaram os dias da purificação conforme a Lei de
Moisés, levaram o Menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, segundo está
escrito na Lei do Senhor, que ‘todo varão primogênito será consagrado ao Senhor’
e para oferecerem em sacrifício, segundo o que está prescrito na Lei do Senhor,
um par de rolas ou dois pombinhos.
Havia em Jerusalém um homem justo chamado Simeão, muito piedoso, que
esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. Pelo Espírito
Santo foi-lhe revelado que não veria a morte antes de ver o Cristo Senhor.
Movido pelo Espírito, veio ele ao templo e, ao entrarem os pais com o Menino
Jesus, também ele tomou-o em seus braços, bendizendo a Deus, e disse : ‘Agora,
Senhor, já podes deixar teu servo morrer em paz segundo a tua palavra, porque
meus olhos viram a tua salvação, que preparaste ante a face de todos os povos,
luz para iluminação das gentes e para a glória do teu povo, Israel’’.
José e Maria estavam maravilhados com as coisas que se diziam de Jesus.
Simeão os abençoou e disse a Maria, sua Mãe : ‘Este Menino será um sinal de
contradição, para ruína e salvação de muitos em Israel; e uma espada
atravessará a tua alma para que se descubram os pensamentos de muitos corações’.
(Lc 2,22-35).
Ambos, Simeão e Ana, reconheceram em Jesus o esperado Messias e
profetizaram o sofrimento e a glória que viriam para Ele e a família. É na
tradição dessa profecia que se baseia também a outra festa comemorada nesta
data, a de Nossa Senhora da Candelária, ou da Luz, ou ainda dos Navegantes.’
Fonte : *Artigo na íntegra
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