segunda-feira, 4 de março de 2019

Reflexão para Quarta-feira de Cinzas

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 Rito da Imposição das Cinza na Basílica de Santa Sabina
*Artigo de Rodolfo Medeiros,
colunista do blog Acadêmicos Arautos



De fato, na Quarta-feira de Cinzas a Igreja nos convida à mudança de vida, uma conversão, abandonando tudo aquilo que nos afasta de Deus, ou seja o pecado, e a abraçarmos a prática das virtudes, dos mandamentos divinos.

A imposição das cinzas simboliza que tudo nessa vida é passageiro, e que devemos nos concentrar em alcançar aquilo que não passará nunca : a bem-aventurança eterna.

Por isso, aconselha-nos a Igreja um dia de jejum e abstinência, para nos ajudar a mortificar a carne e elevar o espírito às realidades celestes, as quais muitas vezes deixamos de lado. Entretanto, essa mortificação corporal também é um símbolo de algo maior e mais profundo, a mortificação da alma.

Com efeito, existem outras formas de jejum muito mais agradáveis a Deus do que a do alimento, por exemplo, o jejum das palavras. Quantas pessoas passam o dia todo falando de si mesmas, de suas qualidades, ou até mesmo de seus problemas… Que tal aproveitar esse período da Quaresma para mortificar o orgulho e a vaidade?

Outras não falam de si, mas sim dos outros, mas são sempre críticas, maledicências e muitas vezes até calúnia… A Quaresma pode ser uma excelente ocasião para ressaltarmos em público as qualidades dos outros.

Isso sem dúvida exige esforço e paciência consigo mesmo, pois mudanças como essas não se fazem do dia para a noite. Mas cumpre começar logo, e Deus nos ajudará.

Sendo Mãe, a Igreja ao mesmo tempo que nos pede um sacrifício – pequeno em comparação com o que Jesus sofreu por nós – Ela nos promete nesse período uma assistência especial do Espírito Santo. Basta darmos o primeiro passo, derramarmos a primeira gota de sangue, e quando menos esperarmos teremos alcançado a cura de um vício, de um defeito que há muito tempo carregávamos. É uma das coisas que podemos oferecer a Deus nesta Quaresma.’


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