domingo, 19 de janeiro de 2025

O Testemunho de São Sebastião

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 
*Artigo de Murillo Henrique Antonio de Oliveira 

 

‘O martírio cristão sempre foi um farol de esperança para os fiéis ao longo da história. Os mártires, ao entregarem suas vidas por amor a Cristo, revelam a força transformadora da esperança cristã — uma esperança que ultrapassa o sofrimento e a morte, iluminando o caminho para a vida eterna. São Sebastião, com seu testemunho de fé e coragem, é um exemplo vivo dessa verdade. Seu martírio nos lembra que a fidelidade a Cristo não apenas sustenta o coração nas adversidades, mas também inspira gerações a permanecerem firmes na fé.

Sebastião (século III) serviu como soldado no exército romano, onde rapidamente ascendeu a posições de destaque. Contudo, ao conhecer o Evangelho, converteu-se e consagrou sua vida ao serviço de Deus e dos irmãos. Mesmo em meio a um ambiente hostil, ele encorajava os cristãos perseguidos e cuidava dos encarcerados. Sua fé foi descoberta e, ao se recusar a renunciar a Cristo, foi condenado a morrer transpassado por flechas. Apesar de sobreviver a esse primeiro ataque, Sebastião foi novamente capturado e martirizado, tornando-se um testemunho inabalável de esperança na ressurreição e na justiça divina.

Sua vida e morte refletem uma das máximas de Santo Agostinho : ‘A esperança tem duas filhas : a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las’. A vida deste santo nos inspira a viver uma esperança ativa e transformadora. Sua conversão nos ensina que a verdadeira fé transforma o coração e guia nossas escolhas. Como bem afirmou o Papa Bento XVI : ‘A esperança cristã nos dá a coragem para suportar as provações e continuar avançando, sabendo que a nossa vida está nas mãos de Deus’ (Spe Salvi, 39). Sebastião viveu essa esperança, enfrentando as adversidades com coragem e confiando plenamente no Senhor.

Essas virtudes heroicas podem ser aplicadas em nossa própria caminhada de fé. Primeiramente, cultivando uma vida de oração e de constância nos sacramentos, especialmente na Eucaristia e na Reconciliação, que nos fortalecem para os desafios do dia a dia. Em segundo lugar, testemunhando nossa fé com obras concretas de caridade, mesmo em ambientes adversos. O Papa Francisco nos recorda que ‘o testemunho cristão é muitas vezes silencioso, mas sempre eficaz e cheio de amor’ (Ângelus, 2017).

Neste Ano Jubilar de 2025, proclamado pelo Papa Francisco, somos convidados a refletir sobre como a esperança cristã pode transformar nossa vida e nos preparar para o encontro definitivo com Deus. Afinal, ‘quem tem esperança vive de maneira diferente’ (Papa Bento XVI, Spe Salvi, 2). O Papa Francisco nos exorta a sermos ‘testemunhas da esperança em um mundo marcado por incertezas’ (Mensagem para o Ano Jubilar, 2024). Inspirados por São Sebastião, somos chamados a olhar para além dos desafios temporais e fixar nossos olhos em Jesus, que é nossa esperança definitiva.

Ao contemplarmos o exemplo de São Sebastião, aprendemos que o martírio, seja físico ou espiritual, é um testemunho poderoso de que nossa verdadeira pátria está no céu, ou, como afirmou o Papa Francisco, ‘é o testemunho de uma vida fiel ao Evangelho’ (Ângelus, 2016). Sua coragem e entrega nos encorajam a viver este Jubileu como um tempo de maior fidelidade a Deus, renovando nossa esperança e oferecendo nossas vidas como um sacrifício de amor. Que ele interceda por nós, para que também sejamos faróis de esperança em um mundo tão necessitado de luz e coragem.’

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://revistaavemaria.com.br/o-testemunho-de-sao-sebastiao.html

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Jesus, o nome acima de todo nome

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

*Artigo do Padre Rivelino Nogueira

 

‘‘Chegando ao território de Cesareia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos : ‘No dizer do povo, quem é o Filho do Homem?’. Responderam : uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes Jesus : ‘E vós, quem dizeis que eu sou?’’A Palavra continua narrando que Pedro, em nome dos demais apóstolos, respondeu para Jesus que Ele era o Cristo, o filho de Deus vivo!

Uma resposta que vai além do entendimento humano de Pedro e Jesus logo percebeu isso. A palavra ‘Jesus’ significa em hebraico ‘Deus salva’. O nome Jesus traduz a pessoa e a missão dele. A pessoa que é o Filho de Deus, com a missão de quem veio à Terra para salvar seu povo dos pecados. Salvação definitiva e de todos os homens.

O nome que está acima de todo nome (cf. Fl 2,9-10). É nesse nome que os discípulos de Jesus, ontem como hoje, operam milagres, pois o Pai concederá tudo o que for pedido em nome de Jesus (cf. Jo 15,16). 

A palavra ‘Cristo’ é a tradução grega do termo hebraico ‘Messias’, que significa ‘ungido’. Em Israel eram ungidas em nome de Deus as pessoas que lhe eram consagradas para uma missão vinda de Deus.

Um anjo anunciou aos pastores o nascimento de Jesus como sendo Ele o Messias prometido a Israel : ‘Hoje, na cidade de Davi, nasceu-vos um Salvador que é o Cristo Senhor’ (Lc 2,11). Por suas obras e palavras foi reconhecido como ‘o Santo de Deus’ (Mc 1,24), o ‘Filho de Davi’ messiânico, o prometido por Deus a Israel.

Não basta sabermos quem é o Cristo das escrituras se não mudamos de vida para tê-lo como Deus; devemos agir sem esperar apenas por um milagre, mas assumindo uma postura ativa e de mudança de atitude. Jesus é toda autoridade, porém Ele nos dá o livre-arbítrio para vivermos nossas vidas e guiarmos nossas decisões.

É por conhecer quem é Jesus que devemos buscar o entendimento de que se trata a Sagrada Escritura. Jesus quer cada um de nós como discípulos e missionários, indo ao encontro do outro e também sendo os protagonistas de nossas histórias.

Que saibamos enfrentar os desafios do cotidiano com espírito cristão e não nos acomodemos diante das dificuldades, sabendo que existe um Deus que está ao nosso lado. Confiemos os nossos impossíveis a Jesus, nossa confiança está nele.

Seguir Jesus é anunciar o que Ele pregou, viver como Ele viveu e crescer sempre na busca de ouvir o que Ele tem a nos dizer. Vinde e vede!

Que, no dia de hoje, possamos pensar na pergunta de Jesus ‘E vós, quem dizeis que eu sou?’ e nos esforçarmos para que nossa vivência revele a resposta. Como sozinhos jamais conseguimos, peçamos juntos essa graça ao Senhor!’

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://revistaavemaria.com.br/jesus-o-nome-acima-de-todo-nome.html

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

África: as consequências das guerras na escolarização das novas gerações

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 

*Artigo da Vatican News

 

‘A questão da fixação dos exames de fim de ano letivo de 2024 para os estudantes sudaneses e refugiados no Egito, tema do encontro entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países, mostra como a guerra no Sudão afeta a vida estudantil dos jovens. Segundo fontes governamentais, há cerca de 1,2 milhões de refugiados sudaneses no Egito, incluindo crianças em idade escolar que não podem integrar-se no ensino porque não são registadas logo que chegam ao Egito. O problema da escolarização por causa da guerra é semelhante em todo o continente, especialmente na África subsariana.

Vastas zonas do continente africano estão hoje dilaceradas por conflitos, pela violência praticada por grupos armados, pela luta pelo controlo dos recursos : África Ocidental e Sahel, Nigéria, República Democrática do Congo, Etiópia... Por todo o lado, a escola e a educação são as primeiras vítimas dos confrontos armados, porque a continuação das atividades educativas normais é vista como um obstáculo à ação das milícias. As Nações Unidas estimam este ano que quase 40% dos ataques a escolas em todo o mundo ocorrem em África, onde foram registados mais de dois mil e quinhentos nos últimos anos.

No Sahel, há atualmente cerca de 14 000 escolas que foram fechadas, com cerca de 2,8 milhões de crianças que não podem ir à escola. Na República Democrática do Congo, o problema é generalizado nas regiões orientais, onde operam tanto grupos armados extremistas como grupos apoiados por países vizinhos. Só no início deste ano, cerca de quinhentas escolas foram encerradas no Kivu do Norte, um número que não deverá melhorar até 2025, dada a persistência da violência. No total, de acordo com estimativas publicadas pela Unesco em setembro último, 30% de todos os menores do mundo que não vão à escola concentram-se apenas na África subsariana.

O problema agrava-se quando se tem em conta que a população do continente é a mais jovem do mundo. Um elevado número de crianças que não frequentam a escola devido a conflitos acrescenta incerteza e novos problemas relativamente às perspetivas de futuro. Curar a escolaridade pode garantir um desenvolvimento económico o mais alargado possível, mas hoje em dia há demasiadas crianças e jovens refugiados devido às guerras ou que ainda vivem nos bairros de lata das grandes cidades (segundo dados da Unicef atualizados para 2020, existem mais de 1,8 mil milhões no mundo, concentrados sobretudo em África e na Ásia) e correm o risco de ficar à margem da sociedade para o resto das suas vidas.

No caso das crianças que não vão à escola devido aos conflitos, o fenómeno assume também caraterísticas de gênero, porque as raparigas são frequentemente as primeiras a deixar de ir à escola e as últimas a retomar os estudos após o fim dos conflitos.’

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://www.vaticannews.va/pt/africa/news/2025-01/africa-as-consequencias-das-guerras-na-escolarizacao-das-novas.html

sábado, 11 de janeiro de 2025

Abadia na França testemunha retorno dos construtores beneditinos

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 A planta geral da futura abadia para a comunidade de Le Barroux, a abadia beneditina de Sainte-Marie de la Garde

*Artigo de Solène Tadié

 

‘O encolhimento da Igreja na França parece ter relativamente poupado a vida monástica. Melhor ainda, o país parece estar vendo um retorno gradual de monges-construtores, a ponto de reviver memórias nostálgicas dos dias do rei são Luís IX (1214-1270).

A abadia beneditina de Sainte-Marie de la Garde, comunidade filha de Sainte-Madeleine du Barroux na diocese de Agen, no sudoeste da França, embarcou num vasto e audacioso projeto de ampliação.

A iniciativa dos monges beneditinos é um esforço de reconstrução civilizacional, seguindo um modelo arquitetônico clássico de inspiração românica e cluniacense, destinado a resistir ao teste do tempo.

A primeira fase do chamado Projeto Grande Esperança, lançado em maio de 2023, inclui a construção de um claustro, campanário e alojamentos para os monges. Depois virá a construção de uma igreja e uma cripta abaciais, um complexo hoteleiro, uma sala de conferências e uma enfermaria. O projeto implica em um grande desafio financeiro.

Cresce o número de fiéis e vocações

Ao contrário de muitas comunidades no resto da Europa, os monges de Le Barroux e sua comunidade afiliada de Sainte-Marie de la Garde parecem resistir à tempestade da descristianização do continente.

Em 2001, o número crescente de monges na abadia de Le Barroux (na região de Var, no sudeste da França) levou parte da comunidade a se mudar para a diocese de Agen para acomodar novas vocações e o número crescente de fiéis.

Fundada em 1970 por dom Gérard Calvet, a abadia de Saint-Madeleine du Barroux celebra a missa tradicional em latim anterior à reforma do Concílio Vaticano II. Os serviços litúrgicos, cantados inteiramente em canto gregoriano, foram recentemente postos à disposição do público por meio do aplicativo Neumz.

‘Éramos cerca de 65 em Le Barroux na época, e assim como quando as abelhas em uma colmeia são muito numerosas, e a rainha voa para fundar uma nova colmeia, oito irmãos foram enviados para estabelecer uma nova fundação em outro lugar’, disse o irmão Ambroise, prior da comunidade de Saint-Marie de la Garde, ao jornal National Catholic Register, da EWTN.

Para ele, a mudança foi providencial, já que o bispo de Agen na época, dom Jean-Charles Descubes, estava ansioso para ter uma comunidade contemplativa na diocese e fez tudo o ao seu alcance para facilitar a vinda dos monges. Sem nenhuma abadia ou priorado antigo disponível na região, os irmãos tiveram que adquirir uma propriedade, restaurar as instalações que já existiam, e transformar um velho redil de ovelhas em capela.

O priorado se tornou uma abadia em 2021, com a eleição do primeiro abade, dom Marc Guillot.

A estrutura, que até agora pode acomodar entre 20 e 25 monges, em breve ficará pequena, pois a comunidade já conta com 19 membros, com idade média de 47 anos, e uma ou duas vocações por ano.

‘Mas nossa primeira prioridade é acolher os fiéis na missa, pois a capela comportar um pouco menos de cem pessoas, o que é insuficiente aos domingos e dias festivos, especialmente nos meses de verão, quando somos obrigados a instalar uma tela do lado de fora para que todos possam acompanhar’, disse o irmão Ambroise. ‘Sabíamos desde o início que um dia teríamos que construir nossa própria abadia, mas não víamos isso como um obstáculo’.

As obras, que começaram em maio de 2023, atualmente lidam com as três alas principais do grande claustro, o refeitório, o campanário, a biblioteca, a sala capitular e as celas. Uma quarta ala será construída na segunda fase, prevista para começar em 2027, que incluirá a igreja da abadia e a cripta. Depois, na década de 2030, virão o hotel, a cozinha, as salas de visita, a portaria e, por fim, a enfermaria.

O projeto inteiro, que depende totalmente de patrocínio privado — a lei secular francesa de 1905 proíbe o financiamento público de projetos religiosos — está atualmente estimado em cerca de € 157,9 milhões (cerca de R$ 25 milhões). A comunidade agora estima que faltam pouco menos de €5,8 milhões (cerca de R$ 37 milhões) para os quase €9,6 milhões (cerca de R$ 61,2) milhões necessários para concluir a primeira fase.

Embora várias plataformas de arrecadação de fundos já tenham se mobilizado para apoiar a iniciativa, os monges contam com a experiência e a rede internacional de seu diretor de patrocínio, o general Stéphane Abrial, ex-chefe do Estado-Maior da Força Aérea Francesa e ex-comandante de um dos dois comandos estratégicos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

‘É certamente um projeto ambicioso, mas que continua razoável, porque sabemos que os mosteiros serão chamados a desempenhar um papel cada vez maior nos tempos futuros, e cabe a nós mostrar uma ousadia profundamente cristã para reacender a esperança nos corações’, disse o irmão Ambroise. ‘Não temos pretensões, mas imensa convicção’.

Reconstruindo uma Civilização

Para o prior, o aspecto fundamental desse projeto de construção é o desejo de sua comunidade de lembrar ao mundo a primazia de Deus sobre todas as dimensões efêmeras da vida humana, ancorando-a numa herança atemporal.

E para garantir que essa herança seja passada para as gerações futuras, como testemunho silencioso da grandeza e beleza de Deus, todo o complexo será construído no espírito milenar da arquitetura monástica europeia, em pedra de cantaria com fundações de granito, numa abordagem sustentável e ecologicamente correta.

Ao mesmo tempo, a comunidade considera desenvolver uma série de atividades e iniciativas sociais, particularmente na área de treinamento, para apoiar populações locais que, longe dos grandes centros urbanos, sofrem com condições econômicas precárias e lutam para dar um futuro sustentável às suas famílias.

Essa é a receita perfeita para transformar o local em um ‘oásis espiritual’, segundo uma expressão de Bento XVI. Famílias já se aglomeram para comprar casas na área ao redor, confiantes de que o alcance da abadia será sentido em todo o bairro.

É também uma oportunidade para eles de alcançar os que estão longe da fé, tocados por essa iniciativa que dá testemunho da longa tradição francesa de monges construtores, que culminou com Cluny, a abadia mais poderosa da cristandade medieval, e de uma grande confiança no futuro.

Sobre a possibilidade do colapso moral do Ocidente dar origem a um retorno à era de ouro monástica iniciada por São Bento e que contrabalançava a decadência do Império Romano, o irmão Ambroise diz que os cristãos já deveriam agir como se esse fosse o caso.

‘Num momento em que tudo está desmoronando, em que tudo está sendo questionado, em que estamos cedendo ao pessimismo ao nos contentarmos com uma liturgia ruim sob o pretexto de não nos pormos em destaque, uma abadia saindo do chão envia a forte mensagem de que tudo ainda é possível’, concluiu o prior. ‘Neste sentido, nosso projeto faz parte de uma abordagem profundamente civilizacional’.’

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://www.acidigital.com/noticia/60813/abadia-na-franca-testemunha-retorno-dos-construtores-beneditinos

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

A conversão da língua

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

*Artigo do Padre Flávio José Lima da Silva

 

‘As virtudes são hábitos bons que geram condutas saudáveis das pessoas. Os vícios são ações ruins que prejudicam as pessoas, gerando assim situações desagradáveis. Se somos feitos à imagem e à semelhança do Criador, não deveríamos ser pessoas virtuosas? E os vícios, por que eles estão sempre no nosso horizonte?

De fato, somos filhos e filhas de Deus e, sendo sua imagem e semelhança, deveríamos ser pessoas virtuosas, buscando fazer a vontade dele no cotidiano de nossas vidas. Isso seria o ideal, no entanto, sabemos que existem pessoas que não conseguem viver vidas totalmente virtuosas por diversos motivos e acabam se deixando levar pelos vícios, pois eles parecem que s são mais atraentes e convidativos à uma vida sem compromisso.

Diante disso, destacamos o que falamos, aquilo que verbalmente expressamos, ou seja, o que a língua é capaz de fazer em nossas vidas. Ela pode ser usada para o bem ou para o mal, ou seja, o que falamos poder um ato virtuoso, fazendo o bem, ou uma ação viciosa, fazendo o mal.

Para uma vivência cristã sadia, devemos abrir mão dos vícios, sobretudo da má língua que impede relacionamentos saudáveis causando rancor, ódio e divisão entre as pessoas.

A má língua é um vício capaz de destruir famílias, comunidades, pastorais e movimentos. Esse vício precisa ser excluído do convívio social, pois tem potencial de nos afastar da graça de Deus, portanto, é preciso ter uma atenção redobrada para que a má língua não se torne a principal atividade no nosso cotidiano. Para tanto, vivemos no processo de conversão, isso é um fato, a cada dia buscamos ser um pouquinho melhores. Nesse itinerário, precisamos urgentemente da conversão da língua. É urgente tomar essa decisão, pois a má língua é muito destrutiva e se não houver conversão será difícil a caminhada.

Precisamos concentrar nossas vidas nas virtudes, naquilo que faz bem e que nos santifica. Vivendo a vida nesse itinerário dificilmente os vícios vão ganhar espaço, mas é preciso pautar as ações nas coisas boas, sadias, naquilo que faz bem ao individual e ao coletivo.

 Por fim, a conversão da língua é possível, só depende de cada um. Sejamos, portanto, pessoas determinadas, busquemos falar bem de todos, esse é o melhor remédio para nos libertarmos do vício da má língua. Somos capazes de vencê-lo, mas é preciso ter consciência de que é bom e saudável para todos falar aquilo que é bom e faz bem. 

Tenhamos coragem e força de vontade e a conversão acontecerá.’

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://revistaavemaria.com.br/a-conversao-da-lingua.html

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Irmã Simona Brambilla é a primeira mulher prefeita no Vaticano

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 
*Artigo da Vatican News

 

‘Irmã Simona Brambilla, ex-superiora geral das Missionárias da Consolata, completará 60 anos no próximo dia 27 de março. Esta segunda-feira, 6 de janeiro, o Papa a nomeou prefeita do Dicastério para a Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, do qual foi secretária a partir de 7 de outubro de 2023; foi a segunda mulher a ocupar esse cargo na Cúria Romana, após a nomeação em 2021 da irmã Alessandra Smerilli para o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral. Francisco escolheu como pró-prefeito do dicastério Ángel Fernández Artime, 65 anos, criado cardeal no Consistório de 30 de setembro de 2023.

Irmã Simona Brambilla, a primeira mulher prefeita no Vaticano, traz em seu currículo uma experiência missionária em Moçambique depois de se formar como enfermeira profissional e ingressar nas Irmãs Missionárias do Instituto da Consolata, que guiou de 2011 a 2023. Em 8 de julho de 2019, o Papa nomeou sete mulheres membros do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica pela primeira vez. Em seguida, a irmã Brambilla foi escolhida primeiro como secretária do Dicastério e agora como prefeita.

Desde o início do magistério do Papa Francisco, a presença de mulheres aumentou significativamente. De acordo com os dados gerais referentes tanto à Santa Sé quanto ao Estado da Cidade do Vaticano e que vão de 2013 a 2023, a porcentagem de mulheres aumentou de quase 19,2% para 23,4%. Em um caminho traçado com a Constituição Apostólica Praedicate Evangelium de 2022, Francisco tornou possível que, no futuro, também os leigos e, portanto, inclusive as mulheres, pudessem chefiar um dicastério e se tornar prefeitos, uma posição anteriormente reservada a cardeais e arcebispos.

No Estado da Cidade do Vaticano, o Papa Francisco nomeou duas mulheres para cargos importantes nos dez anos de seu pontificado : em 2016, Barbara Jatta, diretora dos Museus Vaticanos, que sempre foram dirigidos por leigos. Em 2022, a nomeação da irmã Raffaella Petrini, secretária-geral do Governatorato, uma função normalmente atribuída a um bispo.

Há várias subsecretárias, como Gabriella Gambino e Lina Ghisoni no Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, enquanto no Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, a irmã Carmen Ros Nortes, das Irmãs de Nossa Senhora da Consolação, é subsecretária. Emilce Cuda é secretária da Pontifícia Comissão para a América Latina; Nataša Govekar conduz a direção teológico-pastoral do Dicastério para a Comunicação; Cristiane Murray é vice-diretora da Sala de Imprensa da Santa Sé, e Charlotte Kreuter-Kirchof é vice-coordenadora do Conselho para a Economia. A Secretaria Geral do Sínodo também tem uma subsecretária, a religiosa francesa Nathalie Becquart.’

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2025-01/papa-francisco-irma-brambilla-primeira-mulher-prefeita-vaticano.html

domingo, 5 de janeiro de 2025

3 Conselhos do Papa Francisco para viver bem a vocação

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 

*Artigo da redação da revista Ave Maria

 

No início de 2025 somos chamados a refletir sobre como nosso compromisso com Deus pode ser renovado e vivido ao longo do ano. No contexto do ano litúrgico, a Igreja propõe meses temáticos para nos ajudar a aprofundar aspectos importantes da vida eclesial : em agosto, a promoção e a oração pelas vocações; em setembro, a escuta e a prática da Palavra de Deus; em outubro, as missões. Essa dinâmica nos convida a olhar para o novo ano como uma oportunidade de cultivar nossa vocação e redescobrir a graça de sermos filhos amados de Deus.

Para vivermos bem esse propósito em 2025, podemos nos inspirar nos conselhos do Papa Francisco, dados na mensagem para o 61º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, celebrado em abril do último ano. Ele nos encoraja a viver nosso chamado ancorados na esperança cristã, fascinados por Jesus e comprometidos na construção do Reino de Deus.

Entre os seus ensinamentos, destacam-se três conselhos que permanecem atemporais e relevantes.

  • Escuta do chamado divino como realização pessoal : a vocação não é um peso, mas uma oportunidade de descobrir quem somos e como podemos servir. O Papa lembra que a plenitude da vida é alcançada quando respondemos com amor ao chamado que Deus nos faz.
  • Solidariedade e compromisso com o bem comum : Francisco destaca o valor do serviço ao próximo e a importância de trabalharmos juntos pela construção de uma sociedade mais justa, onde a solidariedade transforma realidades.
  • Cultivo da esperança e envolvimento ativo : apesar das dificuldades somos chamados a ser ‘peregrinos de esperança’, promovendo paz e cuidado mútuo, vivendo o sonho de Deus para a humanidade.

Que 2025 seja um ano de escuta, ação e compromisso renovado com o chamado de Deus. Que nossos passos sejam guiados pela fé e pelo desejo de construir um mundo mais fraterno, à luz do Evangelho. Deixemo-nos fascinar por Jesus e por sua missão, confiantes na certeza de que Ele caminha ao nosso lado. Que Deus nos abençoe neste novo ano!

Intenções do Papa Francisco para o mês de janeiro :

Pelo direito à educação

Rezemos para que os migrantes, os refugiados e as pessoas atingidas pela guerra vejam sempre respeitado seu direito à educação, necessária para construir um mundo melhor.

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://revistaavemaria.com.br/3-conselhos-do-papa-francisco-para-viver-bem-a-vocacao.html


sábado, 4 de janeiro de 2025

Entenda o que é a Solenidade da Epifania do Senhor

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

*Artigo do Padre Luiz Camilo Júnior, C.Ss.R.

 

A Epifania do Senhor é a festa que comemora a manifestação de Jesus Cristo como Messias, o Filho de Deus e Salvador do mundo. É o acolhimento da Boa Nova da Salvação no mistério da Encarnação. Esta primeira manifestação se dá aos reis magos que, guiados por uma estrela, chegam a Belém e, ao ver o Menino com Maria, sua Mãe, ajoelham-se diante Dele e o adoram.

'Mago' quer dizer 'sábio'; talvez tenham sido os primeiros a estudar astronomia no mundo e, por isso, viram o surgimento de uma estrela diferente e se colocaram a caminho para encontrar o que ela indicava.

São Beda – O venerável, monge beneditino que viveu entre 673 a 735, escreveu sobre os reis do oriente, que vieram a Belém adorar o Menino Deus. Estes reis vieram de lugares diferentes e se encontram, buscando um mesmo sentido para o surgimento de uma luz diferente no céu. Melquior, cujo nome quer dizer ‘meu Rei é luz’, veio de Ur, na Caldeia; é ele quem oferece o ouro. Gaspar, cujo nome quer dizer ‘aquele que vai confirmar’, veio do mar Cáspio; é ele quem oferece o incenso. E, por fim, Baltazar, cujo nome quer dizer ‘Deus manifesta o Rei’, veio do Golfo Pérsico; é ele quem oferece a mirra.

Nos magos do oriente está o ser humano que, na luz da estrela, vai até Cristo para adorá-lo em sua humanidade. Os três reis representam as raças e os povos de todo o mundo. Por isso, a Epifania recorda-nos que o único lugar onde podemos encontrar Deus nesta terra é na humanidade de Jesus. Jesus é o maior sinal de Deus para a vida do povo. Após encontrarem o Menino, a estrela desapareceu, pois ela era apenas sinal de onde se encontrava a verdadeira luz, que é Deus.

A Epifania é a manifestação de Jesus como Filho de Deus e Salvador do mundo. Desde o pecado de Adão e Eva, Deus toma a iniciativa e vem ao encontro da humanidade para se revelar como o Deus que salva. O Papa emérito Bento XVI diz que, por amor, Jesus fez-se história na nossa história.

Na vida de Jesus encontramos outras Epifanias que se destacam : A primeira foi sua manifestação aos Magos do Oriente na gruta de Belém. Também temos a Epifania no momento do Batismo, quando o Pai revela que Jesus é seu Filho amado (Mt 3,17). A Epifania no início de sua vida pública, nas bodas de Caná (Jo 2,1-11). E a Epifania na Cruz, quando o centurião romano diz : ‘verdadeiramente, este era o Filho de Deus’ (Mt 27,54).

A Liturgia da Festa da Epifania tem como tema a luz. Não há treva no mundo que resista à luz de Cristo. Os Reis Magos buscam a verdade com o coração revestido de humildade e, iluminados pelo Cristo, mudam suas atitudes, a direção de suas vidas. Nos presentes oferecidos ao Menino, está o reconhecimento de quem realmente Ele é, e a missão que veio realizar entre os homens : O ouro simboliza sua realeza; o incenso, sua divindade e a mirra, sua humanidade.

Os Reis Magos representam todos os povos e nações, chamados ao encontro com Deus, em Jesus Cristo, pois Jesus não veio salvar somente um povo, um grupo religioso, mas ele nasce para salvar os homens e mulheres de todas as culturas e nações.

A Festa da Epifania é a grande celebração da Salvação Universal de Deus. Os Reis Magos representam os homens de todos os tempos que desejam ir ao encontro de Cristo, e que são capazes de o ver e acolher como o Deus que veio para trazer libertação para a vida de todo o povo, como reza o Salmo 72 : ‘Os reis de Társis e das ilhas lhe trarão presentes; os reis da Arábia e de Sabá oferecer-lhe-ão seus dons. Todos os reis hão de adorá-lo, hão de servi-lo todas as nações. (Sl 72, 10-11)

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://www.a12.com/redacaoa12/liturgia/entenda-o-que-e-a-solenidade-da-epifania-do-senhor

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

São Basílio Magno e São Gregório Nazianzeno

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

                                                            
São Basílio Magno e São Gregório Nazianzeno

*Artigo da redação da ACI Digital

‘‘Basílio santo nasceu entre santos. Basílio pobre viveu entre os pobres. Basílio filho de mártires sofreu como um mártir. Basílio sempre pregou com seus lábios e com seus bons exemplos e seguirá pregando sempre com seus admiráveis escritos’, afirmou certa vez São Gregório Nazianzeno sobre seu grande amigo São Basílio Magno. Ambos combateram contra os hereges que negavam a divindade de Jesus e sua festa é celebrada neste dia 2 de janeiro.

São Basílio

São Basílio nasceu em Cesareia (Ásia Menor), por volta do ano 330, em uma família de santos. Seus irmãos foram São Gregório de Niceia, Santa Macrina a Jovem e São Pedro de Sebaste. Seu pai foi São Basílio o Velho, sua mãe, Santa Emélia, e sua avó, Santa Macrina.

Seu companheiro de estudos e inseparável amigo na defesa da fé foi São Gregório Nazianzeno. Quando São Basílio estava no auge de sua carreira profissional, sentiu um grande impulso para abandonar o mundo e foi ajudado por sua irmã Santa Macrina, que, junto à sua mãe viúva e outras mulheres, vivia em uma comunidade em um lugar isolado.

Basílio recebeu o batismo, visitou diversos mosteiros e em um local ermo se entregou ao retiro solitário com a oração e o estudo. Uniram-se a ele alguns discípulos e formou o primeiro mosteiro da Ásia Menor. Seus ensinamentos são vividos até hoje pelos monges do oriente e influenciou até mesmo São Bento, que o considerava seu mestre.

Foi ordenado sacerdote e São Gregório Nazianzeno o incentivou a ajuda-lo com a defesa do clero, as igrejas e as verdades de fé. Foi nomeado primeiro auxiliar do Arcebispo de Cesareia e usou a herança que sua mãe tinha lhe deixado para ajudar os necessitados. Costumava sair com avental e concha distribuindo alimentos.

Mais tarde, substituiu o falecido Arcebispo e defendeu a autonomia da Igreja ante o imperador Valente. Seus fiéis adquiriram o costume de comungar com frequência. Partiu para a Casa do Pai em 1º de janeiro de 379.

São Gregório

São Gregório Nazianzeno nasceu na Capadócia (atual Turquia) no mesmo ano que São Basílio. Seu pai foi São Gregório Maior, Bispo de Nazianzo, sua mãe, Santa Nona, e seus irmãos, Santos Cesáreo e Gorgonia.

Também se uniu a São Basílio na vida solitária, mas foi ordenado sacerdote e demorou um pouco para se render a este serviço. Por volta do ano 372, São Basílio queria consagrá-lo Bispo de Sasima, lugar que estava sobre terrenos em disputa pelas duas Capadócias (território dividido). Isso trouxe inimizade entre os amigos.

Com o tempo, os santos voltaram a se reconciliar e, depois de percorrer várias cidades, São Gregório se estabeleceu em Constantinopla. Foi consagrado Bispo, mas sofreu por difamações e perseguições dos hereges.

O Concílio de Constantinopla (381) estabeleceu e confirmou as conclusões do Concílio de Niceia contra os hereges que negavam a divindade de Cristo e outras verdades de fé.

São Gregório foi nomeado Bispo de Constantinopla, mas seus inimigos colocaram em dúvida a validade de sua eleição. Por isso, para restaurar a paz, o santo voltou a Nazianzo. Ali se tornou Bispo deste território, depois foi para o retiro e partiu para a Casa do Pai em 25 de janeiro do ano 389 ou 390.’

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://institutohesed.org.br/sao-basilio-magno-e-sao-gregorio-nazianzeno-2/

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Solenidade da Santa Mãe de Deus Maria

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 
*Artigo do Cardeal Dom Orani João Tempesta, O. Cist.,

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

 

‘Celebramos no dia 1º de janeiro a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, e o mundo todo também celebra o Dia Mundial da Paz, ou confraternização universal. Peçamos a Nossa Senhora Mãe de Deus que interceda junto a Deus pela paz no mundo. Nossa Senhora é a Mãe de Deus justamente porque é a Mãe de Jesus, e Ele é o Filho de Deus.

Infelizmente, vivemos grandes guerras no mundo, além de algumas outras menores que não são noticiadas e as guerras urbanas de nossas cidades. Peçamos a intercessão de Nossa Senhora Mãe de Deus para que cessem as guerras em 2025 e, neste Dia Mundial da Paz, peçamos a paz tão necessária. Peçamos ainda que cada governante possa pensar em como pode controlar o avanço do aquecimento global, para que, dessa forma, o planeta possa ser salvo. O planeta precisa respirar, o futuro das próximas gerações está em risco, e não só os governantes, mas a população em geral precisa tomar uma atitude.

Em 2025, a Igreja viverá um momento especial, que é o ano jubilar da esperança. Somos todos peregrinos da esperança e chamados a encorajar aqueles que andam desanimados e sem fé. A cada vinte e cinco anos, a Igreja vive o ano jubilar. Somos convidados a nos mergulhar nesse ano jubilar e pedir a misericórdia do Senhor sobre nós. Peçamos a misericórdia do Senhor sobre todo o mundo, e que possamos nutrir em nós a esperança em um mundo melhor.

A Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus sempre ocorre no dia 1º de janeiro, concluindo a oitava de Natal, e é celebrada independentemente do dia da semana em que ocorre. Este ano, o dia 1º de janeiro cai numa quarta-feira; no domingo seguinte, dia 5 de janeiro, celebraremos a Solenidade da Epifania do Senhor, e no outro domingo, dia 12, encerraremos o Tempo do Natal com a festa do Batismo do Senhor.

Santa Maria Mãe de Deus é um dogma, ou seja, uma verdade de fé, que a Igreja, após muito estudo, propõe aos fiéis para que creiam. O dogma de Santa Maria Mãe de Deus é o mais antigo, foi proclamado em 431 durante o Concílio de Éfeso. Pois, se Maria é a Mãe de Jesus, e Ele é o Filho de Deus, logo, Ela é a Mãe de Deus. O termo ‘Mãe de Deus’ vem do grego (Theotókos), afirmando que Jesus Cristo possui as duas naturezas : Ele é plenamente humano e divino. Os outros dogmas marianos são : Virgindade Perpétua, Imaculada Conceição e Assunção de Nossa Senhora. Portanto, peçamos a intercessão de Nossa Senhora por nós e por nossa família.

Façamos um esforço para participarmos da Santa Missa da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus no dia 1º de janeiro. Nesse dia 1º de janeiro, também acontece a tradicional bênção do Papa, diretamente de Roma para o mundo. Essa bênção é conhecida como ‘Bênção Urbi et Orbi’. Que a bênção que o Papa Francisco dará de Roma chegue aos nossos corações e ao coração de todos os habitantes deste mundo.

A primeira leitura da missa dessa quarta-feira é do livro dos Números (Nm 6, 22-27). O Senhor fala a Moisés para que ele possa dizer a Aarão e aos seus filhos como eles devem abençoar os seus filhos e parentes. A bênção que vem de Deus nos dá forças para seguirmos em frente e enfrentarmos as lutas diárias. Hoje em dia, perdeu-se o costume de pedir a bênção aos pais, avós e madrinhas. Esse é um costume que vem desde o Antigo Testamento e não devemos deixar que essa tradição se perca. Ao dizer ‘Deus te abençoe’ ao próximo, estamos desejando coisas boas a ele e que tudo o que ele fizer naquele dia, Deus o abençoará. Ensinemos novamente as gerações que estão surgindo a importância de pedir a bênção e manter viva a nossa tradição. Que a bênção do Senhor nos acompanhe ao longo deste ano e possamos ter muita paz.

O Salmo responsorial é o 66 (67). O refrão do salmo é a resposta daquilo que ouvimos na primeira leitura, e o salmista pede que o Senhor nos dê a sua graça e a sua bênção. Que todos os homens possam conhecer os caminhos do Senhor e descobrir que somente a paz pode construir um mundo melhor. Que Deus nos dê a graça de estarmos em paz com Ele, com o nosso próximo e com os nossos irmãos de comunidade.

A segunda leitura dessa missa é da carta de São Paulo aos Gálatas (Gl 4, 4-7). Paulo diz à comunidade de Gálatas que, no momento oportuno, Deus enviou o seu Filho ao mundo, nascido de uma mulher e sujeito à lei humana. Ele assumiu a condição humana para ensinar à Humanidade o caminho do amor e da fraternidade. Ensinou a importância de construirmos aqui na terra o Reino de Deus para vivê-lo de maneira plena no céu. Ele é o herdeiro e nós somos os co-herdeiros da graça.

O evangelho da missa dessa solenidade é de Lucas (Lc 2, 16-21). Esse trecho do Evangelho que ouvimos hoje retrata quando os pastores foram a Belém encontrar-se com Maria e José, com o intuito de adorar o Menino Deus. Eles contaram tudo o que ouviram a respeito do Menino, e todos ficaram admirados. Maria, porém, guardava e conservava tudo em seu coração.

Os pastores voltaram louvando e glorificando a Deus por tudo o que viram e ouviram, conforme o anjo lhes havia dito. O Menino que havia nascido veio para ser o rei de Israel e ensinar à Humanidade que somente o amor pode construir um mundo mais justo e fraterno. O Messias nasceu pobre e humilde, para confundir os ricos e ensinar-lhes que a riqueza não salva, mas o amor e a solidariedade.

José e Maria, ao completar-se o tempo previsto, levaram o Menino para circuncidá-lo e deram-lhe o nome de Jesus, como havia sido predito pelo anjo. Nessa celebração, rendemos graças a Deus por ter enviado o seu Filho Jesus e permitido que Ele nascesse de um ventre materno.

Neste dia, peçamos a Virgem Maria que nos proteja e nos guarde, e que possamos guardar e conservar tudo em nosso coração e fazer sempre a vontade de Deus.

Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós.’

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://arqrio.org.br/solenidade-da-santa-mae-de-deus-maria/