quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Papa reorganiza vicariato de Roma para trazer mais colegialidade e responsabilidade

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 

O Papa Francisco se dirige aos sacerdotes da Diocese de Roma durante uma reunião na Basílica de São João de Latrão, em Roma, nesta foto de arquivo de 2 de março de 2017.

*Artigo de Carol Glatz

Tradução : Ramón Lara

 

Com o mesmo espírito e objetivos por trás de sua recente reforma e reorganização da Cúria Romana, o Papa Francisco, como Bispo de Roma, reformulou o Vicariato de Roma.

O vicariato é chamado também ‘a se orientar mais oportunamente para a evangelização do mundo de hoje do que para a sua autopreservação’ e a estar ao serviço de uma Igreja que se aproxima de todos, evangelizando com a palavra e com as obras, abraçando vida e ‘tocar a carne sofredora de Cristo nos outros’, escreveu o Papa em uma nova instrução papal.

Entre as muitas mudanças, o Papa criou dois novos órgãos : um escritório dedicado à proteção de menores e pessoas vulneráveis; e uma comissão supervisora independente de especialistas nomeados pelo papa que monitoram o trabalho e os assuntos administrativos e econômicos do vicariato.

As mudanças, que entram em vigor em 31 de janeiro, foram divulgadas em 6 de janeiro na nova constituição apostólica, ‘In Ecclesiarum Communione’ (‘Na Comunhão das Igrejas’). Ele substitui a constituição anterior, ‘Ecclesia in Urbe'' (‘A Igreja na Cidade’), emitida por São João Paulo II em 1988.

O novo documento visa revitalizar a missão do vicariato, dando ‘primazia’ à caridade e à proclamação da misericórdia divina, sinodalidade com os fiéis e promovendo maior colegialidade, particularmente entre o Papa e seus bispos auxiliares de Roma.

De fato, o Papa terá um papel muito maior no vicariato, mantendo-se informado com os relatórios exigidos, presidindo as reuniões do conselho episcopal e participando das principais decisões relativas a questões pastorais, administrativas e financeiras, inclusive exigindo sua aprovação final das decisões da diocese relatório de orçamento anual.

O relatório orçamentário anual, a gestão orçamentária, os pedidos de ajuda das paróquias e dos reitores e a garantia de maior transparência na gestão dos fundos serão tratados pelo conselho diocesano para os assuntos econômicos, presidido pelo cardeal vigário ou pelo vice-regente, afirmou.

O Papa escreveu que gostaria de maior vigilância sobre a gestão financeira ‘para que seja prudente e responsável’ e ‘conduzida de forma consistente com o propósito que justifica a posse de bens da Igreja’.

A constituição reconheceu que ‘devido à tarefa muito grande de governar a Igreja universal’, o Papa precisa ter ajuda para cuidar da diocese de Roma, razão pela qual nomeia um cardeal vigário.

O cardeal vigário informará o Papa ‘periodicamente e sempre que julgar necessário sobre a atividade pastoral e a vida da diocese. Em particular, ele não tomará iniciativas importantes ou que ultrapassem a administração ordinária sem primeiro se reportar a mim’.

O cardeal vigário também deve apresentar primeiro ao Papa todos os candidatos ‘para possível admissão às Ordens Sagradas’ depois que esses candidatos tiverem recebido a aprovação do conselho episcopal.

‘A Igreja perde sua credibilidade quando se enche do que não é essencial para sua missão ou, pior, quando seus membros, às vezes até os investidos de autoridade ministerial, são motivo de escândalo por seus comportamentos infiéis ao Evangelho’. Francisco escreveu :‘Só na doação total de si mesmo a Cristo para servir a salvação do mundo a Igreja renova a sua fidelidade’.’

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://domtotal.com/noticias/?id=1598096


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