Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
‘O rei Joaquim fez aliança com nações estrangeiras e passou a confiar
mais nessa aliança do que no próprio Deus (cf. Jr 17,5-8). A autossuficiência e
a confiança exclusiva no exército se tornaram uma ofensa grave a Deus.
Não confiar em Deus é como uma árvore plantada no deserto, que logo irá
secar. Assim somos nós em relação à graça do Senhor : secamos espiritualmente
quando nos afastamos dele.
No ‘discurso da planície’, Jesus pronuncia quatro bem-aventuranças,
cujos destinatários são os pobres, os famintos, os que choram, os perseguidos,
os desprotegidos, explorados, pequenos e sem voz, as vítimas da injustiça, os
privados dos seus direitos e da sua dignidade.
Os últimos na ordem social, por falta de bens, são os primeiros
destinatários da salvação. Por estarem numa situação de debilidade, Deus quer
derramar sobre eles a sua bondade, a sua misericórdia, a sua salvação. Por
causa da carência de bens eles estão mais abertos a acolher a proposta de
salvação de Jesus Cristo.
São proclamados ‘felizes’ os que constroem suas vidas à luz dos valores
do Evangelho e infelizes os que preferem o egoísmo, o orgulho e a
autossuficiência.
Os simples, humildes, débeis, desprezados e indefesos são os preferidos
de Deus. Os que confiam nos bens, independentemente da quantidade, não contam
com Deus e julgam poder alcançar a salvação com as próprias forças.
A riqueza pode se transformar em privação, a fartura em fome, a alegria
em pranto, a fama em vergonha e desonra. De projetos de vida assim é preciso
ficar bem longe.
Lucas propõe as bem-aventuranças para aqueles que têm em Deus sua
confiança, e ‘ais’ para os que fazem de seus bens um deus (cf. Lc 6,17.20-26).
Não são abençoados aqueles que destroem vidas humanas ou espalham mentiras.
Deus quer construir um futuro para a humanidade com quem confia nele e não com
os que devoram tudo para saciar sua ânsia de poder.
Os ‘ais’ denunciam a lógica dos poderosos, opressores, prepotentes,
orgulhosos e autossuficientes.
Sem dúvida, a proposta de salvação é também para os ricos, contanto que
manifestem conversão e deixem o egoísmo, a prepotência, a injustiça e a
autossuficiência.
A certeza da ressurreição garante-nos que Deus tem um projeto de
salvação e de vida para todos.
Jesus é o enviado do Pai para libertar a todos, em especial os mais
necessitados e oprimidos, pois eles são os mais amados e os preferidos de Deus.
Notas Marianas - Mistérios da dor
São um convite a contemplar a Deus, que se rebaixa por amor ‘até a
morte, e morte de cruz’ (Fl 2,8), Jesus como Deus terno e misericordioso que se
entrega em favor dos homens : ‘Os mistérios da dor levam o crente a reviver a
morte de Jesus pondo-se aos pés da cruz junto de Maria, para com ela penetrar o
abismo do amor de Deus pelo homem e sentir toda a sua força regeneradora’ (Rosário
da Virgem Maria, 22). É costume rezá-los às terças e às sextas-feiras.’
Fonte : *Artigo na íntegra
Nenhum comentário:
Postar um comentário