‘Na
África, as religiosas são mais de 60 mil, enquanto os sacerdotes são 35 mil e
os missionários, 3.500. Foi o que afirmou a teóloga congolesa Rita Mboshu
Kongo, uma das oradoras mais aplaudidas no congresso internacional ‘Mulheres, Igreja, Mundo’ realizado no
último fim de semana, no Vaticano.
‘Em muitas partes da Terra, a Igreja é para
as meninas e as mulheres a única proteção e salvação de abusos e violações’,
completou Mboshu.
De
sexta (29/05) a domingo (31/05), a Casina Pio IV da Santa Sé hospedou o
encontro, organizado pelas jornalistas do jornal vaticano ‘L’Osservatore Romano’. O Congresso foi encerrado com uma missa
presidida pelo Secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin.
A irmã congolesa Clotilde Bikafuluka, que trabalha com o
Dr. Denis Mukwege contra a ‘barbárie’
dos estupros coletivos como arma de guerra, denunciou que ‘o corpo feminino é o campo de batalha do
século XXI’.
‘No Congo, mais de 100.000 mulheres foram
violentadas nos últimos cinco anos devido à guerra. Essas mulheres, quando
sobrevivem à brutalidade dos abusos, são rechaçadas por seus maridos e dão à
luz filhos da violência’, denunciou a religiosa.
‘São mulheres perdidas, de todas as idade,
que encontram apoio somente na Igreja e em organizações benéficas. O estupro é
desde 1996 (ano da guerra chamada ‘de libertação’ no país) utilizado como arma
por todas as partes envolvidas no conflito’, completou.
‘O mundo religioso tem uma forte liderança
moral; a Igreja é chamada a participar, denunciando todos os casos à Justiça.
As Organizações não-Governamentais devem continuar exercendo pressão sobre as
partes em conflito para por fim a esta crueldade’’.
Fonte :
* Artigo na íntegra de http://www.news.va/pt/news/religiosa-relata-o-drama-do-estupro-de-guerra-na-a
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