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segunda-feira, 19 de maio de 2025

Papa Leão XIV se coloca como resultado da migração e pede respeito à dignidade dos migrantes

 Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 
*Artigo de Rodrigo Borges Delfim


‘Em seus primeiros dias de pontificado, o papa Leão XIV fez ao menos três referências à questão migratória em discursos para fiéis e autoridades mundiais. A abordagem propositiva do tema foi uma das marcas do antecessor, o Papa Francisco (2013-2025) e há uma grande expectativa pela continuidade da defesa global dos direitos das pessoas em migração, sobretudo daquelas em deslocamento forçado

Em reunião com diplomatas baseados no Vaticano, na última sexta-feira (16), o Pontífice se colocou ele próprio como resultado de um processo migratório, tanto nas origens familiares como na própria trajetória eclesiástica. E pediu que a dignidade das pessoas migrantes seja respeitada pelos governos de todo o mundo. Ao todo, o Vaticano mantém relações diplomáticas com 184 países.

‘A minha própria história é a de um cidadão, descendente de imigrantes, e também emigrado. Cada um de nós, ao longo da vida, pode encontrar-se saudável ou doente, empregado ou desempregado, na sua terra natal ou numa terra estrangeira : a nossa dignidade, no entanto, permanece sempre a mesma, a de uma criatura querida e amada por Deus’.

Já no dia seguinte, em reunião com membros da Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice, novamente citou as migrações e fez referência a um termo usado pelo antecessor para descrever o mundo atual.

‘O Papa Francisco recorreu ao termo ‘policrise’ para evocar a dramaticidade da conjuntura histórica que hoje vivemos, na qual convergem guerras, mudanças climáticas, desigualdades crescentes, migrações forçadas e atribuladas, pobreza estigmatizada, inovações tecnológicas revolucionárias, precariedade do trabalho e dos direitos. Sobre questões tão importantes, a Doutrina Social da Igreja é chamada a oferecer chaves interpretativas que coloquem em diálogo ciência e consciência, proporcionando assim uma contribuição fundamental para o conhecimento, a esperança e a paz’.

No domingo (18), na homilia dominical da missa que formalmente marcou o começo de seu pontificado, Leão XIV pediu uma Igreja unida, sinal de unidade e comunhão, que se torne fermento para um mundo reconciliado – fazendo referência ao fim de perseguições e preconceitos.

‘No nosso tempo, ainda vemos demasiada discórdia, demasiadas feridas causadas pelo ódio, a violência, os preconceitos, o medo do diferente, por um paradigma económico que explora os recursos da Terra e marginaliza os mais pobres’.

Declaração da OIM

A OIM, a Agência da ONU para as Migrações, emitiu um comunicado felicitando o começo de pontificado de Leão XIV.

O Papa Leão XIV refletiu hoje (domingo, 18.mai) sobre um mundo ainda marcado pela discórdia, pelo medo do outro, pela marginalização dos pobres e por sistemas econômicos que continuam a pesar fortemente sobre os recursos do planeta. De suas palavras emergiu uma esperança por um mundo reconciliado e um espírito renovado de unidade.

Ainda segundo a agência da ONU, essa visão ressoa com a missão da OIM de promover a dignidade e os direitos de todas as pessoas, incluindo migrantes e populações deslocadas.

Acolhemos esse apelo para que se olhe além das divisões e trabalhemos juntos na construção de sociedades mais inclusivas e humanas, onde todos possam viver com segurança e respeito, independentemente de sua origem ou condição.

Tendência

As manifestações de Leão XIV reforçam a tendência de o atual Pontífice de manter uma forte preocupação com a questão social, o que inclui a manutenção de parte significativa dos processos iniciados por Francisco. Entre eles se encontra a defesa da dignidade das pessoas migrantes e as críticas às políticas adotadas por governos em todo o mundo que colocam os que se deslocam em situação vulnerável.

A própria escolha do nome faz uma alusão de continuidade ao que trouxe Leão XIII (1878-1903) em seu pontificado, que ficou conhecido pela encíclica Rerum Novarum, de 15 de maio de 1891, e que abordava a condição degradante dos operários industriais da época. Chamada por alguns de ‘Manifesto Comunista da Igreja’ ou de resposta da Igreja ao Manifesto Comunista – que já tinha sido lançado em 1848 –, essa encíclica é considerada ainda o marco inicial dos chamados ‘Documentos Sociais da Igreja’.

Embora seja nascido nos Estados Unidos, o atual papa passou a maior parte de sua carreira religiosa no Peru, onde atuou desde a década de 1980 em cidades como Piura, Trujillo e Chiclayo. Tal vivência no país sul-americano permitiu que em 2015 ele visse a obter também a nacionalidade peruana.

            A dupla nacionalidade e o fato de ter feito grande parte de sua vida longe da terra natal fazem de Leão XIV de fato, uma pessoa migrante. Além disso, ainda como cardeal Robert Prevost, fez criticas à política migratória conduzida pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o que coloca o novo chefe da Igreja Católica como um potencial contraponto ao presidente republicano e líder global da ultradireita que tem no rechaço à migração uma de suas principais bandeiras.’

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://migramundo.com/papa-leao-xiv-defesa-publica-migrantes/

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Cinco regras para discordar do papa

 Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

*Artigo d0 Padre Thomas Reese, SJ

 Tradução : Ramón Lara


‘Durante uma visita aos jesuítas na Eslováquia, o papa Francisco reclamou de ‘um grande canal de televisão católico que não hesita em falar continuamente mal do papa’. Os jornalistas do Vaticano imediatamente identificaram a empresa de mídia americana como EWTN, fundada no Alabama em 1981 pela falecida Madre Angélica.

Um dos maiores críticos do papa é o diretor de notícias e âncora principal da EWTN, Raymond Arroyo, que patrocina um grupo de críticos do papa Francisco. O diretor frequentemente aparece no programa The ingraham angle no canal Fox News.

Eu pessoalmente mereço ataques e insultos porque sou um pecador’, disse o papa, ‘mas a Igreja não os merece. Eles são obra do diabo’.

Francisco também reclamou de ‘clérigos que fazem comentários desagradáveis sobre mim’. Admitiu : ‘Às vezes perco a paciência, especialmente quando eles fazem julgamentos sem entrar em um diálogo real’.

Os ataques aos papas por parte dos clérigos e da mídia não são novos. Esses ataques vêm da esquerda ou da direita, dependendo de quem é o papa.

O papa João XXIII foi atacado por conservadores que o culparam por abrir a Igreja à mudança ao convocar o Concílio Vaticano II.

O papa Paulo VI foi atacado por todos os lados. Os conservadores se opuseram às suas tentativas de implementar as reformas do concílio, enquanto os liberais queriam que agisse mais rápido. Os liberais escalaram seus ataques depois que publicou a encíclica Humanae vitae, o escrito que proíbe o uso de anticoncepcionais não naturais.

Os papas João Paulo II e Bento XVI foram fortemente atacados pelos liberais, assim como Francisco está agora sob ataque dos conservadores.

É irônico que os próprios conservadores que condenaram os liberais por serem católicos de cafeteria – católicos que escolheram e apoiaram aquilo que aceitaram de João Paulo e de Bento XVI – agora estejam fazendo o mesmo com Francisco.

Da mesma forma, os católicos liberais que se sentiam livres para discordar de João Paulo II e de Bento XVI estão agora condenando os conservadores por não serem leais ao papa.

Sejamos honestos. Somos todos católicos de cafeteria. A verdadeira questão é como evitamos uma briga de refeitório.

Em seus Exercícios Espirituais, Santo Inácio de Loyola, o fundador dos Jesuítas, estabeleceu ‘Regras para pensar com a Igreja’. Com esse mesmo espírito, aqui ofereço cinco regras para discordar do papa. Este rascunho não é perfeito, mas acho que a Igreja precisa conversar sobre como lidamos com as divergências.

Primeiro, seja respeitoso. Chamar Bento XVI de Rottweiler, ‘pastor alemão’ ou inquisidor é cruzar os limites, assim como os insultos étnicos contra ele e João Paulo II. Da mesma forma, referir-se a Francisco como heterodoxo ou herege é inaceitável. O sarcasmo e o discurso de ódio não têm lugar na Igreja. Como nos sentiríamos se fôssemos o alvo dessa linguagem?

Em segundo lugar, se você discordar de um papa, certifique-se de enfatizar as coisas positivas que ele fez. Tive sérias divergências com João Paulo II e Bento XVI, mas sempre elogiei João Paulo II por seu papel na libertação da Polônia e da Europa Oriental, bem como por seus esforços para melhorar as relações entre católicos e judeus. Ambos os papas apoiaram e desenvolveram o ensino social da Igreja, e com Bento XVI a Igreja começou a se tornar ambientalmente consciente.

Terceiro, descreva a posição do papa de forma precisa e completa; não crie um espantalho que possa ser derrubado facilmente. Não diga apenas que o papa odeia mulheres e gays ou que deseja destruir a Igreja. Idealmente, você deveria ser capaz de explicar a posição do papa melhor do que ele.

Quarto, nunca fale ou escreva quando estiver emocionalmente perturbado. Respire fundo. Conte até 10 ou 100. Sente-se no projeto por 24 horas. Converse sobre isso com uma pessoa sábia antes de agir. Seja especialmente cuidadoso ao tweetar.

Quinto, pergunte a si mesmo : você falaria assim de seu pai ou de alguém que você ama? Se a resposta for não, não faça isso. A Igreja é uma família. Brigas de família são as piores. Nossos objetivos devem ser reconciliadores, não divisores.

Nossas discussões internas na Igreja devem seguir as mesmas regras do nosso diálogo ecumênico : as divergências devem levar a um conhecimento mais completo e a melhorias e, em última instância, ao consenso. Assim, como dizem as velhas músicas, Eles saberão que somos cristãos por nosso amor’, em vez de saber que somos católicos por nossas lutas.

Entretanto, desentendimentos fazem parte de qualquer família ou comunidade. Suprimi-los leva à frustração e a um comportamento disfuncional. Francisco não deve se surpreender com divergências. Afinal, o papa pediu por isso. No sínodo sobre a família de 2014, ele pediu aos bispos que ‘falassem com ousadia’.

Uma condição geral é esta’, disse o papa. ‘Fale claramente. Não deixe ninguém dizer : Você não pode dizer isso.’ Ao mesmo tempo, o discurso deve ser respeitoso e voltado para a construção da comunidade, não para destruí-la. Deve ter como objetivo a reconciliação, não a divisão. Desentendimentos devem levar a conversas, não a gritos.

Falar com aqueles de quem discordamos não é sobre ganhar e perder. É uma questão de conversa e melhor compreensão.

 

Fonte : *Artigo na íntegra https://domtotal.com/noticia/1542260/2021/09/cinco-regras-para-discordar-do-papa/

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Por que os católicos inclinam a cabeça ao nome de Jesus

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 HARLEM,NEW YORK,BURKINA FASO,CORPUS CHRISTI
*Artigo de Philip Kosloski,
escritor e designer gráfico


‘Há muitos gestos corporais que os católicos realizam na missa, e um deles, que foi amplamente praticado há séculos, é o costume de inclinar a cabeça diante da menção do nome de Jesus.

Embora não tenha sido muito enfatizado nas últimas décadas, ainda é honrado por muitos dos fiéis leigos e por alguns sacerdotes.

A origem desse costume é inspirada principalmente pelas seguintes palavras de São Paulo em sua carta aos Filipenses :

Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. (Filipenses 2, 9-11)

Pensando de forma prática, ajoelhar-se toda vez que o nome de Jesus é mencionado é bastante difícil. Diante disso, o Papa Gregório X encontrou uma solução. Ele escreveu sobre isso para a Ordem Dominicana em 1274, expressando seu desejo de que algum gesto físico fosse feito para honrar o nome de Jesus.

A seguinte parte de sua carta foi impressa no livro With God : A Book of Prayers and Reflections, de Francis Xavier Lasance.

Recentemente, durante o Concílio realizado em Lyon, consideramos útil recomendar aos fiéis entrar na casa de Deus com humildade e devoção, e se comportar adequadamente enquanto ali estão, de modo a merecer a graça divina.

Também julgamos apropriado convencer os fiéis a demonstrar mais reverência por este Nome acima de todos os nomes, o único Nome pelo qual reivindicamos a salvação – o Nome de Jesus Cristo, que nos redimiu da escravidão do pecado.

Consequentemente, em obediência a este preceito apostólico : ‘Em nome de Jesus, todo joelho seja dobrado’, desejamos que, ao pronunciar esse nome, principalmente no Santo Sacrifício, todos inclinem a cabeça em sinal de que, interiormente, está-se ajoelhando de coração.

O Papa Gregório queria que todos não apenas honrassem o nome de Jesus, mas se submetessem interiormente a Deus com um ato simples de amor.

Os dominicanos levaram a sério o pedido do Papa e se tornaram os principais promotores do Santo Nome de Jesus na Igreja Católica, pregando sobre o Santo Nome, formando sociedades do Santo Nome, além de colocar altares em suas igrejas dedicadas ao Santo Nome de Jesus.

O costume é simples e deve refletir um desejo interior de honrar Jesus, o único nome pelo qual somos salvos.’


Fonte :

domingo, 9 de julho de 2017

A gratidão e outras gentilezas que nos faltam

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

'Fico imaginando porque o mundo anda tão agressivo, tão áspero, às vezes tão desagradável'
*Artigo de Evaldo D´Assumpção,
médico e escritor


‘Uma das mais belas e pedagógicas passagens dos Evangelhos está descrita por Lucas, no capítulo 17 de seu livro, onde conta que dez leprosos vieram até Jesus pedir por sua cura. Compadecendo-se deles, curou-os e os enviou, como era praxe na época, para se apresentarem aos sacerdotes que constatariam a cura e os libertariam da exclusão social imposta aos portadores daquela doença. Pouco tempo depois, somente um deles retornou para agradecer o imensurável bem que recebera. Curiosamente ele era o único estrangeiro daqueles dez. E Jesus se admirou, comentando com seus discípulos : ‘Eram dez os curados, e somente este estrangeiro voltou para agradecer o que recebeu!

Desde que me entendo por gente, aprendi a agradecer tudo o que recebia. Era uma frase comum na boca de meus pais, quando me viam recebendo alguma coisa, e distraia-me com o que recebera : ‘O que você vai dizer?’ E aquele toque despertava-me para expressar : ‘Muito obrigado!’. E de tanto ser lembrado, aprendi que sempre deveria fazer isso. Contudo, mais do que decorar as palavras, aprendi que elas manifestavam minha gratidão por ter ganho alguma coisa de alguém. Aos poucos fui descobrindo como era bom dizer ‘obrigado’ para quem me proporcionava algo, e também como me era agradável ouvir o mesmo, quando era eu quem dava alguma coisa. Depois aprendi que gratidão é uma palavra de origem latina, gratia ou gratus, que significa agradável, portanto algo que nos traz satisfação. Ou seja, quando me sinto grato e consequentemente movido a agradecer, o faço porque aquilo me trouxe satisfação. Da mesma forma que me compraz a satisfação daquele que recebeu algo dado por mim.

Mas isso não é somente uma coisa superficial e passageira. Pesquisas científicas sugerem que sentimentos de gratidão são benéficos ao bem estar emocional subjetivo, como descrevem os psicólogos e pesquisadores da Universidade de Miami, Emmons & McCullough, em seu livro ‘A psicologia da gratidão’, de 2004. Em outras palavras, a gratidão nos faz bem, tanto quando damos como quando recebemos alguma coisa.

Refletindo sobre esse assunto, fico imaginando porque o mundo anda tão agressivo, tão áspero, às vezes tão desagradável a ponto de pessoas se afastarem do convívio familiar e social, buscando refúgio em lugares mais isolados ou limitando sua vida a ambientes afastados de multidões. Onde não existe a gratidão, onde as pessoas perderam o hábito saudável de dizer ‘obrigado!’, ‘agradecido!’, a convivência entre humanos se torna pouco ou nada agradável.

Mas não é somente a gratidão, que tanto bem nos faz, a gentileza que hoje nos falta. Também outras atitudes, no rotineiro de nossas vidas, contribuem significativamente para a nossa felicidade, nosso bem estar e consequentemente para a nossa saúde. Entre elas, destaca-se o corriqueiro pedido de ‘licença!’. Com o crescimento das cidades, os ambientes públicos tornaram-se repletos de pessoas agitadas, apressadas, intranquilas, e por consequência, ignorando quase totalmente a presença de outras pessoas em torno de si. Tomemos um supermercado, como exemplo. Preocupadas com as compras, a escolha dos produtos e a seleção de preços mais accessíveis, as pessoas são incapazes de dizer ‘com licença!’ ao passar num dos corredores semiobstruídos por outros compradores.

Nas portas de entrada e saída, pessoas têm o péssimo hábito de parar em conversas despreocupadas. Mesmo que nossa vontade seja a de passar por ali como um trator, nada nos custa pedir : ‘com licença!’. Da mesma forma, ao ter de atravessar por uma fila num banco ou em qualquer outro lugar, para passar para o outro lado, também um ‘com licença’ com certeza nos ajudará a aliviar a tensão do dia a dia.

E o que nos custa pedir desculpas, quando esbarramos em alguém, ou quando derrubamos algo que estava em suas mãos, num ônibus, num lugar qualquer? Esta é, aliás, uma das formas mais eficientes para desarmarmos a agressividade das pessoas que se sentem por demais incomodadas quando lhes esbarramos.

Poderia desfiar um longo rosário dessas pequenas, mas necessárias atitudes de cortesia, mas encerro com uma que pode ser considerada a mãe de todas as outras. Quando criança, aprendi a pedir a benção dos meus pais, tios e avós, sempre que os encontrava pela primeira vez no dia. Enquanto minha mãe esteve viva, eu já com mais de 70 anos de idade, nunca cheguei em sua casa sem lhe pedir a benção. O mesmo fiz com meus tios. E hoje tenho a doce saudade de ouvir o suave ‘Deus te abençoe!’ que tanto representava para mim.  Nos dias atuais, vejo filhos, netos, chegarem juntos dos seus pais, avós, e mal balbuciarem um ‘Oi’. E isso, quando o fazem...  Percebo que eles não têm a menor noção do significado e da plenitude do pedido de benção, independentemente de filiações religiosas.

Hoje todos têm pressa, mal enxergam os outros humanos em sua volta. Corpo e mente estão ocupados, apressados, superlotados de compromissos, a maioria totalmente inútil. Por isso mesmo esquecem-se da importância do ‘obrigado’, do ‘por favor’, do ‘com licença’ do ‘sua benção!’. E por isso mesmo, o mundo anda tão amargo, tão fútil, tão pragmático, deixando a vida sem sabor, sem alegria, até mesmo sem sentido. Resgatando as gentilezas que estão em extinção, quem sabe resgatamos também a satisfação de sermos realmente humanos?’


Fonte :


segunda-feira, 22 de maio de 2017

12 regras de ouro para portar-se bem durante a Missa

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

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‘A fim de aproveitar ao máximo os grandes frutos espirituais que se recebe na Missa é necessário participar da celebração com reverência.

A seguir, confira 12 regras de ouro ou conselhos práticos que servem para aproveitar a Missa e participar, ativa e reverentemente, na Eucaristia.


1. Não use o celular : Você não precisa dele para falar com Deus

Os celulares nunca devem ser usados na Missa para fazer ligações ou enviar mensagens de texto. É possível atender um telefonema de emergência, mas do lado de fora do templo. Por outro lado, é possível usar o telefone para leituras espirituais ou orações, embora seja necessário ser discreto.


2. Fazer jejum antes da Celebração Eucarística

Consiste em deixar de comer qualquer alimento ou tomar algo, pelo menos uma hora antes da Sagrada Comunhão, com exceção da água e dos remédios.

Os doentes podem comungar embora tenham tomado algo neste período antes da Missa. O objetivo do jejum é ajudar na preparação para receber Jesus na Eucaristia.


3. Não comer nem beber na Igreja

As exceções seriam : uma bebida para crianças pequenas ou leite para os bebês, água para o sacerdote ou para as pessoas do coral (com discrição) e para os doentes.

Levar um aperitivo à igreja não é apropriado, porque o templo é um lugar de oração e de reflexão.


4. Não mascar chiclete

Ao fazer isso, rompe-se o jejum, ocorre uma distração, está sendo indelicado em um ambiente formal e não ajuda na oração.


5. Não usar chapéu

É falta de educação usar um chapéu dentro de uma Igreja. Embora esta seja uma norma cultural, deve ser cumprida. Assim como tiramos o chapéu quando se faz um juramento, assim se deve fazer na Igreja como um sinal de respeito.


6. Fazer o sinal da cruz com água benta ao entrar e sair do templo

Esta é uma forma de recordar o Batismo, sacramento pelo qual renascemos para a vida divina e nos tornamos filhos de Deus e membros da Igreja. É necessário estar plenamente consciente do que acontece ao fazer o sinal da cruz e se deve fazer pronunciando alguma oração.


7. Vestir-se com modéstia

Os católicos são convidados a participar da Eucaristia vestidos adequadamente, pois, se normalmente se vestem bem para ir a uma festa ou a algum outro tipo de compromisso, não há razão para não fazer a mesma coisa na Missa.


8. Chegar alguns minutos antes do início da Missa

Se por algum motivo não consegue chegar a tempo, é recomendável sentar-se na parte de trás para não incomodar as outras pessoas. Chegar à Missa cedo permite rezar e se preparar melhor para receber Cristo.


9. Ajoelhar-se diante do Sacrário ao entrar e sair do templo

Ao permitir que o nosso joelho toque o chão, reconhecemos que Cristo é Deus. Se alguém é fisicamente incapaz de se ajoelhar, então, fazer um gesto de reverência é suficiente. Durante a Missa, se passamos diante do altar ou do tabernáculo, devemos inclinar a cabeça com reverência.


10. Permanecer em silêncio durante a celebração

Ao ingressar no templo, deve-se guardar silêncio. Se tiver algo para falar, faça de forma silenciosa e breve. Lembre-se de que manter uma conversa pode incomodar alguém que está rezando.

Se tiver uma criança ou um bebê, pode se sentar perto de uma saída para qualquer contratempo.

Recorde que não há razão para sentir vergonha por ter que acalmar o controlar seu filho, dentro ou fora da igreja. Ensine-os a se comportar, especialmente com seu próprio exemplo.


11. Inclinar-se ao receber a Comunhão

Se diante de você está Deus, então pode mostrar respeito inclinando a cabeça como reverência. Se desejar, pode fazer uma genuflexão. Esta é uma prática antiga que continua até os dias de hoje.


12. Espere que a Missa termine

Devemos permanecer na Missa até a bênção final. Lembre-se de que um dos mandamentos da Igreja é participar da Missa nos domingos e festa de guarda.

É um bom hábito, embora não seja obrigatório, oferecer uma oração de ação de graças depois da celebração.

Finalmente, a saída deve ser em silêncio para não incomodar as outras pessoas que desejam permanecer no templo rezando.’

           
Fonte :
  

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Falsas seguranças

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

A vida vale e recompensa por si mesma quando se usam os talentos para o serviço ao semelhante.
*Artigo de Dom José Alberto Moure,
Arcebispo de Montes Claros, MG


‘Diz o livro do Eclesiastes : ‘Tudo é vaidade... um homem que trabalhou com inteligência, competência e sucesso vê-se obrigado a deixar tudo em herança a outro que em nada colaborou’ (Eclesiastes 1,2.21). O que diríamos mais ainda de quem rouba, aproveitando-se de cargos públicos, acumula fortunas em imóveis, jóias, dinheiro até em bancos de outros países! Muitos não pensam que vão morrer. No mínimo, quem tem altivez de caráter, gostaria de ser lembrado como gente do bem, de ética, de moral, de honestidade e de trabalho intenso pelo bem comum, sem lesar o público, principalmente o mais carente. Até os herdeiros de fortuna e qualquer dinheiro desonesto deveriam ter a grandeza moral de restituir o que sabe desse legado podre. A justiça deveria fazer o sequestro do dinheiro roubado.

A formação do caráter para o respeito ao outro e ao que lhe pertence deveria ser regra de ouro das famílias, das escolas e dos meios de comunicação. O rito dos processos judiciários deveria dar sim, o direito de defesa, mas com limites. Atualmente os recursos são quase infinitos. Quem sofre injustiça é ainda mais injustiçado com a demora do veredicto judicial.

Dentro da realidade dos extremos de riqueza e pobreza, em que uns têm demais e grandes parcelas têm de menos, é muito importante a formação para o cultivo da simplicidade. Isso exige vida menos luxuosa de elites, que quase não pagam impostos em comparação com os assalariados. A hipoteca social da riqueza deveria incluir a exigência de mais tributos por parte de quem recebe muito em relação à maioria.  Abusos de salários e aposentadorias de determinados grupos privilegiados de vários poderes gritam por justiça.

Quem assume a vida com valores transcendentes deveria olhar para o objetivo da mesma. Em agradecimento ao Criador pelo dom da vida e pelas oportunidades de realizar o bem da comunidade, tais pessoas poderiam contribuir mais com uma convivência de promoção real da inclusão social dos mais fragilizados. A recompensa virá, não somente de Deus na eternidade, mas também já na terra, com sua respeitabilidade e reconhecimento de seu bom exemplo. A vida vale e recompensa por si mesma quando se usam os talentos para o serviço ao semelhante.

Nada é mais seguro na vida do que realizar o bem ao outro por causa daquele que nos criou para isso. As seguranças terrenas são importantes, mas não são objetivo de vida. São instrumentos a serem bem usados. Distorcidos, corrompem o coração, a mente e o convívio social. Assim são as coisas materiais, os prazeres e o poder. Tudo tem seus valores e suas normas objetivas. Se as normas forem apenas o desejo pessoal e os instintos, ficamos no chão da vida sem olhar para o objetivo mais elevado. A natureza criada por Deus já o revela. O que dirá o Filho de Deus (Cf. Colossenses 3,1-2)! Ele não tinha nem onde reclinar a cabeça. Deu tudo de si, mostrando que a vida vale para darmos vida de sentido aos outros!

Jesus lembra que a ganância não realiza a pessoa humana. A felicidade não está na abundância de bens. Ele narra a estória de um homem que fez grande armazenamento do que colheu da plantação, pensando que ia ter vida cômoda por muitos anos. Mas, de repente, morreu e não usufruiu do que acumulou (Cf. Lucas 12,13-21). Quem mais tem coisas e exagerado bem estar materiais, em geral não se contenta com o que tem. Muitos não têm paz na vida, preocupados em administrar suas riquezas materiais. Outros têm pouco e são felizes por realizarem o bem. É justo ter o necessário para se viver dignamente e fazer o bem, mesmo tendo bastante, para servir a comunidade. Os bens sem hipoteca social são ilusão e vaidade inútil.’


Fonte :

domingo, 31 de janeiro de 2016

Conviver com os hábitos e costumes nas Arábias

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

*Artigo de Padre Olmes Milani,
Missionário Scalabriniano


Peregrinando por diversos países, nos cinco continentes, aprendi que a virtude que mais ajuda para ser aceito numa cultura, é o respeito. Existe muita diferença entre cometer erros por falta de conhecimento quanto à cultura receptora e o julgamento negativo sobre as diferenças.

Nas Arábias, como em qualquer outro lugar, existem algumas coisas que devem ser levadas em conta. Sendo a maioria absoluta da população islâmica, os alto-falantes nos minaretes das mesquitas emitem, cinco vezes por dia, o convite para a oração. Os muçulmanos podem prostrar-se em qualquer lugar, à beira da estrada ou no escritório para rezar, voltados para a Meca.

Transeuntes devem evitar de passar na frente de alguém que está rezando.

O consumo de álcool por estrangeiros é permitido, em lugares próprios, mas noitadas em bares e discotecas e diversões mais pesadas são apenas toleradas.

A compra de bebidas alcoólicas pode ser feita em lugares destinados para isso. Existem companhias que fornecem as bebidas para hotéis, e locais com alvará.  Contudo, às vésperas de festas religiosas, não é permitido o comércio de licores.

A carne de porco é proibida. Os estrangeiros podem adquiri-la numa venda separada dos supermercados.

Manifestações de afeto entre homem e mulher, em público, devem ser evitadas.

É considerado insulto mostrar a sola dos pés na direção de alguém. É ofensivo apontar com o dedo alguma pessoa.

Não se iluda em achar que a imagem comum de homens de mãos dadas é uma evidência gay. Entre indianos, paquistaneses e árabes, isso é apenas um sinal de amizade.

Cumprimento dando a mão para uma mulher deve ser evitado.  Coloca-se a mão sobre o lado esquerdo do peito e diz-se a saudação.

 Deve-se ter sempre presente que, quando alguém compara culturas ou as julga, dificilmente vai ter espaço na sociedade receptora.

 O erro é perdoado e não impede à pessoa de ser bem-vinda. Maneiras cordiais e senso de humor servem para superar os impasses.

Assim aprendemos o bom convívio com as pessoas diferentes.’


Fonte :


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Liberdade e respeito

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

  *Artigo do Padre António Carlos,
Missionário Comboniano

‘Os ataques de Janeiro, em Paris, contra o jornal satírico Charlie Hebdo e o supermercado kosher, que fizeram 20 mortes, chocaram o mundo inteiro, de modo particular a França e a Europa. O motivo dos atentados invocado pelos atacantes – as caricaturas insultuosas de Maomé publicadas no semanário – de maneira nenhuma justifica tais actos barbáricos e abomináveis. Aqui, a religião serviu como mera desculpa para praticar o terrorismo. É uma autêntica aberração matar em nome de quaisquer convicções religiosas e de Deus. Se, por um lado, defendemos a liberdade de expressão como um direito inalienável, por outro, recusamos a ofensa contra a dignidade da pessoa e as suas convicções profundas sob o pretexto da liberdade de imprensa.

Os cartoons que o semanário publicou ao longo dos últimos anos visando figuras religiosas eram ofensivos e de mau gosto. O que nos remete para uma reflexão sobre o papel das religiões em sociedades democráticas, ditas livres, laicas e secularizadas. O laicismo levado ao extremo conduz à desvalorização da religião, tratando-a como um fenómeno privado e sem nenhuma relevância social.

A coexistência pacífica em sociedades multiculturais assenta na aceitação da liberdade de pensamento, associação e expressão, a par da necessidade de tolerância e respeito para com a diversidade de credos e culturas. É imperativo que os cidadãos estrangeiros sejam integrados – e não assimilados – nas sociedades de acolhimento.

Quase simultaneamente aos atentados na capital francesa, cerca de 2000 pessoas eram mortas pelo grupo terrorista Boko Haram durante a captura da cidade de Baga, no Estado de Borno, no Nordeste da Nigéria. O presidente da Conferência Episcopal deste país africano, Dom Ignatius Kaigama, ao mesmo tempo que se solidarizava com as vítimas dos assassínios verificados em França, chamava a atenção para a chacina que está a ocorrer no seu país. E apelava a uma manifestação de unidade idêntica à de Paris contra o terrorismo na Nigéria. Não esqueçamos, pois, que noutras paragens do globo milhares de cidadãos estão a ser vítimas de acções tresloucadas e letais por parte de fanáticos e terroristas.

Precisamente no Sudão do Sul, há pouco mais de um ano, em Dezembro de 2013, rebentou uma guerra entre facções fiéis ao presidente em exercício, Salva Kiir, e facções do seu vice-presidente, Riek Machar. Neste número da revista, pode ler um artigo sobre o impacto muito negativo que os conflitos tiveram em todos os sectores da vida daquele país africano. O texto é escrito por um missionário que viveu os momentos dramáticos da guerra. Ele e o restante pessoal missionário tiveram de se refugiar no mato, vivendo lado a lado com os deslocados da guerra, numa experiência que o aproximou dos sofrimentos do povo. Em ano dedicado à vida consagrada, é um testemunho edificante de pessoas consagradas que partilham a sorte do seu rebanho.’


Fonte :
* Artigo na íntegra de http://www.alem-mar.org/cgi-bin/quickregister/scripts/redirect.cgi?redirect=EukkAVVpVpvhNKYdYQ

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O soco, os coelhos e os pretextos

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 *Artigo de Padre Antonio Grappone

‘Primeiro, o soco. O grupinho ‘pacifista e evangélico’ está escandalizado : ‘Nós sempre damos a outra face’, declaram. Talvez seja verdade.

Depois, a história dos coelhos. Os jovens que são pura tradição (mas será que sabem do que falam?), com a medalha de católicos perfeitos, estão feridos. Mas...

Estas reações demostram apenas ignorância, meus caros jovens. Será que nós lemos o que o papa disse? Tentamos entender? Ou só vimos as manchetes na internet, que, em muitos casos, são fuxicos miseráveis e nem um pouco inocentes de ‘ilustres’ jornalistas ou ‘autodenominados’ teólogos?

O papa Francisco ama a comunicação direta e não se preocupa em ser sutil, especialmente nas conversas informais. Mas ele sempre diz a verdade. Ele não se preocupa em equilibrar cada coisa que diz : ele é o papa, fala dentro de um contexto mais amplo, que é o Magistério da Igreja, e dentro do magistério pessoal, que, não custa lembrar, é o magistério petrino.

A jogada dos senhores da informação, dos vendedores de fumaça, é precisamente a de desacreditar o magistério, seja diante de quem se opõe a ele, seja diante de quem o apoia, embora vários apoiem o que lhes convém, deformando todo o sentido. Querem dividir a Igreja. ‘Divide et impera’, como de fato acontece. E não poucos (e bons) católicos se prestam a esse jogo. Não podemos continuar caindo na armadilha!

O papa Francisco conhece muito bem esses problemas e por isso escreveu a Evangelii gaudium, a exortação apostólica que contém as diretrizes do seu modo de agir e de todas as suas afirmações. É preciso estudá-la melhor! O papa quer evangelizar, chegar a todos, não pode usar sempre uma linguagem especializada e pomposa. Ele quer chamar a todos à conversão, começando por si mesmo.

Até os pais de muitos filhos, que o Santo Padre estima e encoraja, precisam ser chamados à conversão. Ter filhos, em si, não é garantia de nada : em muitas partes do mundo existe uma frequente irresponsabilidade com os filhos, gerados e abandonados a si mesmos e às ruas. O papa vem desses lugares, dessas situações.

E depois, meia dúzia de ocidentais que clamam o direito de insultar impunemente as religiões (ah, vejam que curioso, em particular a nossa!)... E, no mesmo país, se alguém afirma que o casamento é entre um homem e uma mulher, corre o risco de ir para a cadeia!

Mas a questão é outra. O papa é amado ‘independentemente’. É o sinal visível da unidade da Igreja. Ele é, na terra, a Cabeça do Corpo de Cristo entre os homens do nosso tempo. Nele a Igreja encontra unidade e é universal. Muitas confissões cristãs não têm o presente do papa e, sejamos claros, isso é algo que se faz notar. A comunidade desmorona, a Tradição se perde ou se mumifica, a Igreja se deteriora.

Santa Catarina, que é Doutora da Igreja, chamava os papas de ‘doce Cristo na terra’. E os papas do tempo dela foram Gregório XI e Urbano VI, ambos discutíveis e discutidos. Basta pensar que com o papa Urbano aconteceu um grave cisma. Catarina, porém, amou os dois, apoiou os dois. Se ela os chamou a honrar o seu dever, foi porque Cristo diretamente lhe deu esta ordem, que ela cumpriu de forma estritamente privada, pessoalmente ou por meio de cartas, que se tornaram públicas só depois da morte da santa e dos papas. Não eram artigos de jornal!

Diante de Pedro, mesmo que ele diga ou faça coisas que não nos agradam, só tem sentido o respeito e a gratidão. A menos que sejamos perfeitos alienados. Não é questão de ver quem tem razão, mas de considerar os papéis que Deus deu à Igreja.

Eu também, às vezes, demoro a entender o papa. Nesses casos, quando se trata de algo importante, escuto com mais atenção e leio melhor as declarações sobre o tema, porque não acho sensata a ideia de que eu tenha toda a verdade católica no bolso e o papa não.

No final das contas, estou sempre de acordo com o Santo Padre. Aprendi a compreender as preocupações dele, mesmo que inicialmente não fossem as minhas, e, assim, elas se tornaram minhas também. Além do mais, o papa é o papa. Demos graças a Deus por ele e rezemos por ele!


Fonte :
* Artigo na íntegra de http://www.zenit.org/pt/articles/o-soco-os-coelhos-e-os-pretextos