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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Deus convoca colaboradores


*Artigo de Irmã Ângela Cecilia Traldi

‘Quando pegamos a Bíblia e começamos a ler, notamos que, desde o princípio, ela nos apresenta um Deus muito ocupado com o seu povo. Um povo que necessita encontrar o caminho da libertação tanto o caminho pessoal como o de grupo. E um povo que precisa ser resgatado das próprias amarras ou das amarras que lhes foram atadas pelos dominadores.

Sabemos que o nosso Deus poderia realizar esta ação sozinho porém, tudo indica que Ele sempre quis que o ser humano entrasse em ação, claro que, sempre de mãos dadas com Ele. E que, com esta ajuda, reconhecesse que estava amarrado e encontrasse o caminho de saída.

Mas, sempre colocou entre Ele e os necessitados de ajuda, alguns mediadores como foram : Abraão, Moisés, Gedeão, várias mulheres e.. .a uma determinada fase deste processo de resgate, enviou o seu próprio Filho, Jesus.

E o que fez Jesus? No início de sua vida missionária, logo, logo, começou a convocar seguidores para estarem com Ele e para anunciar a Boa Notícia (Mc. 1,16-20; Mt. 4, 18- 22; Lc.5,1-11; Mc. 2,13-17; Mt.9,9-13; Lc. 5,27-32). Estes discípulos acompanhavam a Jesus em suas andanças missionárias. Ele falava sobre o seu Pai que é Pai de todos nós, libertava aqueles que estavam possuídos pelos maus espíritos, perdoava os pecados, anunciava a todos uma vida nova.

Nós, as Agostinianas Missionárias, nos sentimos chamadas a ser sinal de sua presença em muitos lugares.

E queremos dizer a você, que Deus continua buscando colaboradores para realizar o seu projeto de amor em toda a criação. Ele quer fazer visível, através de seus, suas seguidoras, o seu grande Amor, a sua Bondade, a sua Misericórdia.

Se você quiser conhecer um pouquinho mais sobre a nossa maneira de seguir a Jesus, entre em contato conosco.


Fontes :


terça-feira, 4 de novembro de 2014

Toma sua cruz e segue-me!

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 *Artigo de Irmã Lenice Echamendi,
Agostiniana Missionária (+29.out.2014)
  
‘A cruz de Jesus é o exemplo de uma dolorosa jornada de trabalho. Sua ressurreição é a recompensa por essa jornada. Na cruz Ele nos mostra como temos de suportar o sofrimento. Na ressurreição Ele nos mostra como temos de ter esperança.’  (Santo Agostinho)

‘Em poucas palavras gostaria de expressar o significado desse convite de Jesus para mim.

O simbologismo da cruz na minha vida cristã é muito forte, pois a cruz não é meramente um símbolo como outro qualquer, mas é uma realidade vivida por Jesus Cristo, que se atualiza diariamente através de inúmeros irmãos sofredores que em meio à dor e o desespero, encontram forças e irradiam sinais de ressurreição. A cruz é uma realidade fascinante, pois diante de tanto sofrimento de que padece a humanidade, a vida sempre ressurge, assim como Jesus ressurgiu de entre os mortos.

Na ocasião da minha missa de envio para a missão de Mapinhane - Moçambique, vivi um momento muito significativo : ao entregar-me a cruz, Irmã Angela disse-me : ‘Em África você irá encontrar muitos sinais de crucificação e também de ressurreição e se sentirá crucificada em alguns momentos e ressuscitada em outros’. Confesso que essas palavras me ajudaram a abraçar a missão com mais fervor e confiança.

Hoje, depois de passados alguns poucos meses em Mapinhane, posso dizer que esse encontro com Jesus crucificado e ressuscitado é constante. Misturam-se sentimentos de impotência e vitória diante das situações presenciadas e vividas.

Cristo é crucificado em Mapinhane quando os jovens se deixam escravizar pelas drogas, pelo alcoolismo, pela busca desenfreada de sexo (e em consequência são vitimados com o contágio do SIDA); quando as meninas-mães interrompem os estudos e a própria adolescência para assumir a maternidade precoce, quando é vedado às crianças e até mesmo aos jovens o direito a educação devido à falta de escola para todos, quando a guerra continua presente disfarçada em preconceitos, dominação, falta de assistência médica, etc...

Cristo é ressuscitado em Mapinhane quando a solidariedade se toma visível, quando professores e alunos se esforçam por fazer uma educação consciente; quando os jovens se preocupam em buscar juntos uma formação saudável, humana e cristã, através de grupos de jovens, da participação ativa na comunidade, das atividades desportivas, recreativas e culturais, quando a equipe missionária presente em Mapinhane consegue refletir o amor e a misericórdia de Jesus através da presença e do apoio diário, quando em meio a situações difíceis vividas por famílias, a comunidade se une e mobiliza para ser apoio espiritual e material, etc...

Acredito que ‘tomar a cruz’ é ‘tomar-se nas mãos’ e estar consciente da e na realidade em que vivo no momento e assim, estar sempre disponível e preparada para irradiar a mensagem da cruz de Cristo que é reconhecimento e superação dos limites humanos e a relação de dependência entre o homem e Deus. Depender de Jesus é ter o ardente desejo de segui-lo livremente e nesse seguimento, identificar-se cada vez mais com Ele.'



Fonte :
* Artigo na íntegra de http://www.agostinianas.com.br/vocacao/textos-reflexao#toma-sua-cruz-e-segue-me
  

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Oficina de Santa Rita 'São João de Sahagun'

Por Cecilia F. Angelo e Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

  
A Associação e Oficinas de Caridade Santa Rita de Cássia é uma fundação da Ordem de Santo Agostinho.

Sua origem remonta a 1901, por iniciativa de uma jovem da nobreza de Madri. Ao acatar o conselho de seu confessor, dedicou parte de seu tempo à costura e distribuição de roupas para crianças pobres. Seu entusiasmo era tanto, que animou as amigas. E as amigas animaram outras mulheres que também se prontificaram a participar. Dali em diante, todas trabalharam por uma mesma causa.

O Padre Salvador Font, agostiniano, percebendo a propagação e dinamismo da iniciativa, amparou a criação de outros centros, regulamentando-os sob a proteção de Santa Rita.

Em pouco tempo, a obra amplificou-se pelas demais províncias da Espanha. O papa Leão XIII concedeu-lhes a benção e várias indulgências.


 CINQUENTENÁRIO DA OFICINA  
  SÃO JOÃO DE SAHAGUN    

Colégio Cristo Rei, das Irmãs Agostinianas Missionárias – São Paulo, capital – possuía na década de 60 uma APM (Associação de Pais e Mestres) muito ativa. Por intermédio de ações sociais e culturais, conseguia integrar a escola e a família de seus alunos.
Com o total empenho da Madre Angélica, nasceu entre as mães a idéia de formar uma Oficina de Santa Rita, confeccionando enxovais para os recém-nascidos, no intuito de auxiliar famílias carentes. Assim, em 12 de junho de 1962 surgiu o embrião da centésima unidade.
Para conselheiro, convidaram Padre MarianoFoi dele a sugestão de batizá-la de SÃO JOÃO DE SAHAGUN. E 12 de junho, além disso, corresponde ao culto deste santo de notória devoção à Santíssima Eucaristia.



Foi uma graça divina ter Padre Mariano como Conselheiro por tantos anos : ele era extremamente atuante, frequentador assíduo das reuniões, sempre com palavras de carinho e incentivo ao trabalho.
As dificuldades eram colossais, no entanto, a força de vontade e o empenho eram maiores.

Estes enxovais até hoje são distribuídos ao Hospital Amparo Maternal e às mães extremamente necessitadas. Contribuímos também com os idosos da Casa Comunitária São José ( levamos roupas, materiais de higiene e remédios ).

Sendo um movimento auto-suficiente, precisamos arrecadar fundos e custear despesas : dependemos da doação espontânea em dinheiro de alguns colaboradores, elaboramos diferentes tipos de artesanato, que são expostos no Bazar Anual das Oficinas de Santa Rita, e promovemos chás beneficentes.

Aproveitamos a ocasião para agradecer o magnífico apoio das Irmãs Maria Eline Lopes Oliveira, Angela Cecília Traldi e Ana Maria de Paula Brandão, às destemidas voluntárias e àquelas que presidiram tão condignamente esta empreitada nestes cinquenta anos :
. Maria José Felissati – a primeira presidente, mulher dinâmica, que se empenhou de corpo e alma
. Olga Pereira de Castro
. Olimpia M. Rego Barros
. Catharine M. Pinheiro
. Dulce Nabuco
. Terezinha de Siqueira
. Isaurina Barros Peixoto

PATRONO


SÃO JOÃO DE SAHAGUN ou João de São Facundo, nascido em 11 de junho de 1430 como Juan Gonzales de Castrillo Martinez de Sahagun y Cea.  Estudou em sua cidade natal no mosteiro Beneditino de San Fagondez e desde pequeno mostrava sinais de santidade.

Apesar de uma vida abastada, João renunciou aos benefícios oferecidos por seus pais, pois achava que eles eram contrários aos desígnios de Deus. Após ordenar-se padre, acreditando que uma melhor compreensão da teologia lhe permitiria uma entrega mais completa a Deus, pediu permissão ao seu Bispo e foi estudar em Salamanca.

Em busca de um caminho mais próximo de Deus, optou pela ordem dos Agostinianos, tornando-se FREI JOÃO ao emitir seus votos em 28 de agosto de 1464 :

ü  era profundamente devoto da Eucaristia – O próprio Deus se manifestava a ele no Santíssimo Sacramento

ü  tinha o dom de penetrar nos segredos da consciência, quem o procurava acabava por fazer uma boa confissão

ü  visitava os mais necessitados e enfermos, consolando-os com palavras e pedindo auxílio aos que podiam socorrê-los com bens materiais

ü  mediador da paz e da concórdia, colocou fim às hostilidades em Salamanca e tornou-se um de seus padroeiros.  Infatigável pregador e defensor dos direitos, era muito corajoso, por isto amargou inúmeras perseguições; depois de sofrer uma tentativa de homicídio (seus assassinos se arrependeram ao chegar perto dele), finalmente foi assassinado em 11 de junho de 1479, com veneno administrado por uma mulher de origem nobre, cujo amante se converteu e retornou à vida familiar.

Prontamente foi aclamado APÓSTOLO DE SALAMANCA e começaram as peregrinações ao seu túmulo, onde ocorriam milagres. 


Cronologia

v  NASCIMENTO – 1430 – Vila San Facundo – León-Reino de Castela  (atual Espanha) 
v  MORTE – 11 de Junho de 1479 em Salamanca

v  BEATIFICAÇÃO – 1601 – Roma – Papa Clemente VIII

v  CANONIZAÇÃO – 16 de outubro de 1690 – Roma – Papa Alexandre VIII

v  PRINCIPAL TEMPLO – Catedral Nova de Salamanca e Ermita de San Juan de Sahagún

v  FESTA LITURGICA – 12 de Junho – dia em que foi declarado Santo pela igreja em 1690


Aceitamos doações de lã e estamos sempre abertas para receber novas voluntárias. Temos somente uma reunião mensal, a contribuição em dinheiro é facultativa e o que se pede é boa vontade em auxiliar o próximo. Se souber executar algum trabalho manual, ajuda muito.
Para participar contate Eliana Marufuji (11) 98482-4272.
   

terça-feira, 22 de maio de 2012

Santa Rita de Cássia


Santa Rita de Cássia nasceu em Rocca Porena – um pequeno povoado próximo da cidade de Cássia, na Úmbria, Itália – no dia 22 de maio de 1381. Por curiosidade, a Úmbria já era a região de procedência de muitos filhos notáveis, dentre eles : São Bento, São Francisco de Assis e Santa Clara.

Antonio Lotti e Amata Ferri, pais de Santa Rita, eram castos e valorosos. Mas, para que a felicidade deste casal se completasse, faltava um filho. Embora idosos – Amata tinha 62 anos – Deus atendeu às suas súplicas. Consta que um anjo apareceu a ela e lhe confidenciou que conceberia uma menina, que seria a admirada por todos e manifestaria os prodígios de Deus.

O nascimento de Rita, que é o diminutivo de Margherita, foi antecedido por sinais assombrosos e visões etéreas, o suficiente para que seus pais percebessem algo da vindoura e oportuna missão de Rita.

Desde menina decidiu devotar-se a Deus, mas seus pais, de idade avançada, tinham receio de deixá-la sozinha no mundo. Resolveram casá-la com um jovem que pedira sua mão. Assim, aos 16 anos, torna-se esposa de Paolo di Ferdinando, de gênio estourado e violentíssimo.

Embora mal-tratada e espancada, em quase 18 anos de convívio conjugal, a protetora dos aflitos, esposa dedicada e firme, conseguiu converter seu infiel marido, através da oração e do espírito de brandura.

Mas este idílio durou muito pouco. Paolo foi barbaramente assassinado pelos inimigos amealhados em seus anos de truculência. Rita providenciou um sepultamento honrado, perdoou seus facínoras e concentrou seus cuidados aos  dois filhos : Giovanni Tiago e Paolo Maria. No entanto, a mãe zelosa percebia que seus espíritos ardiam, desejando vingança pelo pai.

Corajosamente, ela pediu a Jesus Crucificado que levasse seus meninos, de 14 anos, caso fosse improvável desviá-los de tão amargo intento. Eles caíram doentes um após outro. Faleceram, num pequeno intervalo, cerca de um ano após a morte do pai. Rita enterrou seus corpos ao lado do marido e seguiu adiante : só ela e Deus.

Viúva, bateu inúmeras vezes, sem resultado, às portas do Convento das Agostinianas de Santa Maria Madalena. De semblante humilde e piedoso, causou admirável impressão nas religiosas. Porém, elas nunca haviam admitido uma viúva; recebiam apenas jovens solteiras. Nada lhe restando, aos 36 anos, persevera nas orações e penitências. Seus santos Patronos, São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino, com a graça de Deus, fazem-na entrar milagrosamente no Convento, madrugada adentro, mesmo sendo humanamente impossível transpor aquelas portas.

Pela manhã, ao se reunirem no coro, as religiosas ficaram extasiadas por  avistar aquela mulher tantas vezes rejeitada. Ao relatar o que se passara, tal qual um milagre, admitiram que se juntasse a elas.

Primeiramente, repartiu entre os pobres todos os seus bens. Colocada à prova de obediência, por sua superiora, regava um determinado ramo de videira ressequido e destinado ao fogo : eis que, um ano depois, a vida brota naquele galho, surgindo brotos, folhas e deliciosas uvas. Essa videira, séculos depois, permanece exuberante no Convento.

Na Quaresma de 1443, São Tiago de La Marca veio a Cássia para pregar o sermão da paixão de Nosso Senhor. Rita, profundamente tocada pelo que ouvira, lançou-se diante de um crucifixo na capela interior, suplicando a Jesus  participar de suas dores. De imediato, um espinho se destacou e entrou tão profundamente em sua testa que a fez cair desmaiada e quase moribunda.

Essa chaga não se fechou, senão com a morte da Santa. Exceto no ano de 1450, quando teve que ir a Roma, fechou-se por um tempo, mantendo as dores lancinantes. A ferida, de tão fétida e pestilenta, obrigou-a a viver à parte, em constante humilhação. Mas sua firmeza era um determinante desprezo pela vida frouxa de muitos que se diziam cristãos.

Em seus últimos anos de vida, uma doença misteriosa atacou seu corpo tão mortificado por duras penitências. Em pleno inverno, uma de suas parentes foi visitá-la e a Santa pediu-lhe que trouxesse rosas e figos de seu antigo jardim em Rocca Porena. A senhora desdenhou, mas não querendo contrariá-la, foi ao povoado e teve a grata surpresa, em meio àquela neve, de colher rosas e figos fora de estação. Remeteu-os prontamente à Cássia.

Após 40 anos de vida religiosa e 76 anos de idade, no dia 22 de maio de 1457, faleceu Santa Rita “das causas impossíveis”, não sem antes receber, piedosamente, os últimos Sacramentos. Seu corpo ficou exposto além do tempo legal, sendo venerada como santa imediatamentre após a morte, como atestam o sarcófago e o Códex Miraculorum, datados de 1457 e 1462.

A Canonização, depois de inúmeros obstáculos, deu-se a 24 de maio de 1900, pelo pontífice Leão XIII.