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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

São João Evangelista

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

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‘O nome deste evangelista significa ‘Deus é misericordioso’ : uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.
Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como ‘o discípulo que Jesus amava’. O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse  ‘Filho, eis aí a tua mãe’ e, olhando para Maria disse : ‘Mulher, eis aí o teu filho’. (Jo 19,26s).
Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que significa ‘filho do trovão’.
João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus. Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 dC). O sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável.
O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem. E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos.
Dele dependem (na sua doutrina, na sua espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo.
São João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja, Esposa de Cristo : perseguições individuais por parte de Nero e perseguições para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano.
Além destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja, procurando corroer a essência mesma do Cristianismo.
Nesta situação, Deus concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre, a missão de ser o pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas visões de Patmos e cantado em seguida no Apocalipse.
Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo, em tempo de Trajano (98-117 dC).
Três são as obras saídas da sua pena incluídas no cânone do Novo Testamento : o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome.
São João Evangelista, rogai por nós!

Fonte :

sábado, 27 de dezembro de 2014

São João, Apóstolo e Evangelista

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)


São João teve a imensa sorte de ser o discípulo mais amado por Jesus. Nasceu na Galileia e foi filho de Zebedeu e irmão do São Tiago, o maior. São João era pescador, tal como seu irmão e seu pai, e conforme destacaram os antigos relatos, ao que parecer foi São João, que também foi discípulo de João Batista, um dos dois primeiros discípulos de Jesus junto com o André. A primeira vez que João conheceu Jesus estava com seu irmão São Tiago, e com seus amigos Simão e André remendando as redes à borda do lago; o Senhor passou perto e lhes disse : ‘Venham comigo e os farei pescadores de almas’. Ante este sublime chamado, o apóstolo deixou imediatamente suas redes, com seu pai e o seguiu.

João evangelista conformou junto com o Pedro e São Tiago, o pequeno grupo de preferidos que Jesus levava a todas partes e que presenciaram seus maiores milagres. Os três estiveram presentes na Transfiguração, e presenciaram a ressurreição da filha de Jairo. Os três presenciaram a agonia de Cristo no Horto das Oliveiras; e junto a Pedro se encarregou de preparar a Última Ceia.

A João e seu irmão São Tiago lhes pôs Jesus um apelido : ‘Filhos do trovão’, devido ao caráter impetuoso que ambos tinham. Estes dois irmãos vaidosos e de gênio difícil se tornaram humildes, amáveis e bondosos quando receberam o Espírito Santo. João, na Última Ceia, teve a honra de recostar sua cabeça sobre o coração de Cristo. Foi o único dos apóstolos que esteve presente no Calvário. E recebeu dEle em seus últimos momentos o mais precioso dos presentes. Cristo lhe encomendou que se encarregasse de cuidar da Mãe Santíssima Maria, como se fora sua própria mãe, lhe dizendo : ‘Eis aí a sua mãe’. E dizendo a Maria : ‘Eis aí a seu filho’.

No domingo da ressurreição, foi o primeiro dos apóstolos em chegar ao sepulcro vazio de Jesus. Depois da ressurreição de Cristo, na segunda pesca milagrosa, João foi o primeiro em reconhecer Jesus na borda do lago. Em seguida Pedro lhe perguntou ao Senhor apontando a João : ‘E este o que?’. Jesus lhe respondeu : ‘E se eu quiser que fique até que eu venha, a ti o que?’. Com isto alguns acreditaram que o Senhor tinha anunciado que João não morreria. Mas o que anunciou foi que ficaria vivo por bastante tempo, até que o reinado de Cristo se estendeu muito. E em efeito viveu até o ano 100, e foi o único apóstolo ao qual não conseguiram matar os perseguidores. João se encarregou de cuidar da Maria Santíssima como o mais carinhoso dos filhos.

Com Ela foi se evangelizar Éfeso e a acompanhou até a hora de sua gloriosa morte. O imperador Dominiciano quis matar o apóstolo São João e o fez ser atirado em uma panela de azeite fervente, mas ele saiu de lá mais jovem e mais são do que havia entrado, sendo banido da ilha de Patmos, onde foi escrito o Apocalipse. Depois voltou outra vez a Éfeso onde escreveu o Evangelho.

São João Evangelista é representado com uma águia ao lado, como símbolo da elevada espiritualidade que transmite com seus textos. Nenhum outro livro tem tão elevados pensamentos como seu Evangelho.

Conforme assinala São Jerônimo quando São João era já muito ancião se fazia levar às reuniões dos cristãos e o único que lhes dizia sempre era isto : ‘irmãos, amai-vos uns aos outros’. Uma vez lhe perguntaram por que repetia sempre o mesmo, e respondeu : ‘é que esse é o mandamento de Jesus, e se o cumprimos, todo o resto virá além disso’. São Epifanio assinalou que São João morreu por volta do ano 100 aos 94 anos de idade.’.


Fontes  :
* Artigo na íntegra de http ://www.acidigital.com/santos/santo.php?n=368

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

São João, Apóstolo e Evangelista

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 
A Liturgia da Horas e a reflexão no dia de São João,
Apóstolo e Evangelista :
 
Ofício das Leituras
 
Segunda leitura
Dos Tratados sobre a Primeira Carta de São João,
de Santo Agostinho, bispo
(Tract. 1,1.3: PL 35, 1978.1980)   (Séc. V) 
 
 
A vida se manifestou em nossa carne
O que era desde o princípio, o que nós ouvimos, o que vimos com os nossos olhos e as nossas mãos tocaram da Palavra da Vida (1Jo 1,1). Quem poderia tocar a Palavra com suas mãos, a não ser porque a Palavra se fez carne e habitou entre nós? (Jo 1,14).   

A Palavra que se fez carne para ser tocada com as mãos, começou a ser carne no seio da Virgem Maria; mas não foi então que a Palavra começou a existir porque, diz João, ela era desde o princípio. Vede como sua Carta é confirmada pelas palavras do seu Evangelho, que acabais de escutar : No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus (Jo 1,1).   

Alguns talvez julguem que a expressão Palavra da Vida designe de modo geral a Cristo e não o próprio Corpo de Cristo que foi tocado pelas mãos. Reparai no que vem em seguida : E a Vida manifestou-se (1Jo 1,2). Por conseguinte, Cristo é a Palavra da Vida.   

E como se manifestou esta Vida? Ela existia desde o início, mas não tinha se manifestado aos homens; manifestara-se aos anjos que a contemplavam e se alimentavam dela como de seu pão. E o que diz a Escritura? O homem se nutriu do pão dos anjos (Sl 77,25).   

Portanto, a Vida se manifestou na carne, para que, nesta manifestação, aquilo que só o coração podia ver, fosse visto também com os olhos, e desta forma curasse os corações. De fato, o Verbo só pode ser visto com o coração, ao passo que a carne pode ser vista também com os olhos corporais. Éramos capazes de ver a carne, mas não éramos capazes de ver a Palavra. Por isso, a Palavra se fez carne que nós podemos ver, para curar em nós o que nos torna capazes de vê-la.  

E somos testemunhas, diz João, e vos anunciamos a Vida eterna, que estava junto do Pai e que se tornou visível para nós (1Jo 1,2), isto é, que se manifestou entre nós ou, falando mais claramente, nos foi manifestada.   

Isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos (1Jo 1,3). Prestai atenção : Isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos. Eles viram o próprio Senhor presente na carne, ouviram da boca do Senhor suas palavras e no-las anunciaram. E nós ouvimos certamente, mas não vimos.  

Somos, por isso, menos felizes do que eles que viram e ouviram? Por que então acrescenta: Para que estejais em comunhão conosco? (1Jo 1,3). Eles viram, nós não vimos e, contudo, estamos em comunhão com eles porque temos uma fé comum.   

E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Nós vos escrevemos estas coisas, diz João, para que a vossa alegria fique completa (1Jo 1,4). Essa alegria completa encontra-se na mesma comunhão, na mesma caridade, na mesma unidade. 
 
 
 Fonte :
‘In Liturgia das Horas I’, pg. 1092 a 1094