Mostrando postagens com marcador santos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador santos. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Os conselhos concretos de Bento XVI para sermos mais santos no cotidiano

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

*Artigo de Mathilde de Robien


‘Longe da imagem que alguns fizeram de Bento XVI – a de um teólogo desligado das realidades da vida -, ele teve, sim, uma percepção muito clara das dificuldades que todos encontram ao viver diariamente na presença de Deus.

Em uma homilia do Advento em 2009, ele observou : ‘Na existência cotidiana, todos nós vivemos a experiência de ter pouco tempo para o Senhor e pouco tempo também para nós. Terminamos por ser absorvidos pelo ‘fazer'‘.

Quem já não viveu períodos em que o número de coisas que temos de fazer nos sobrecarrega tanto, que já não temos tempo nem disponibilidade de espírito para o que é verdadeiramente essencial?

O que é essencial?

Para Bento XVI, essencial é o nosso encontro com Cristo.

‘Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo’, escreveu Bento XVI na sua primeira encíclica, Deus caritas est.

A fé é, antes de tudo, uma relação, um encontro com Deus. A nova direção decisiva é tornar-se santo. E a forma como avançamos no caminho da santidade é viver regularmente com Cristo, deixando-nos envolver pelo seu amor.

Para que nos tornemos amigos de Deus, Bento XVI recomenda alguns hábitos bastante acessíveis e fáceis de praticar.

1.      Tenha contato com Deus duas vezes ao dia

Todo relacionamento morre se não for mantido. Isso é verdade para casais, famílias e amigos, mas também no que diz respeito ao relacionamento com o Senhor. É por isso que Bento XVI disse : ‘Nunca começar nem terminar um dia sem, pelo menos, um breve contato com Deus’. Não precisa ser, necessariamente, uma oração, mas um pensamento, um gesto, uma palavra de elogio ou gratidão, no início e no fim do dia.

2.     Todas as manhãs, agradeça ao Senhor pelo dom da fé

Em sua última audiência geral, em 27 de fevereiro de 2013, Bento XVI compartilhou uma bela e curta oração e incentivou-nos a recitá-la diariamente pela manhã, a fim de expressarmos o amor ao Senhor e agradecê-lo pelo dom da fé. Eis a oração em questão : ‘Eu Vos adoro, meu Deus, e Vos amo com todo o coração. Agradeço-Vos por me terdes criado, feito cristão’.

Para Bento XVI, o dom da fé é ‘o nosso bem mais precioso, que ninguém nos pode tirar!’

3.     Todos os dias, encontre uma oportunidade para se alegrar

‘Um desejo de alegria espreita no coração de cada homem e mulher’, disse Bento XVI na 27ª Jornada Mundial da Juventude de 2012. ‘Além das satisfações imediatas e passageiras, o nosso coração procura a alegria profunda, total e duradoura, que possa dar ‘sabor’ à existência’, disse Bento XVI. Ele ainda acrescentou :

‘E todos os dias são tantas as alegrias simples que o Senhor nos oferece : a alegria de viver, a alegria face à beleza da natureza, a alegria de um trabalho bem feito, a alegria do serviço, a alegria do amor sincero e puro. E se olharmos com atenção, existem muitos outros motivos de alegria : os bons momentos da vida familiar, a amizade partilhada, a descoberta das próprias capacidades pessoais e a consecução de bons resultados, o apreço da parte dos outros, a possibilidade de se expressar e de se sentir compreendidos, a sensação de ser úteis ao próximo.’

4.    Todos os dias, observe um sinal de Deus

 ’Os acontecimentos individuais do dia são indícios que Deus nos dá, sinais da atenção que Ele tem por cada um de nós. Quantas vezes Deus nos dá um vislumbre de seu amor! Manter, por assim dizer, um ‘diário interior’ deste amor seria uma bela e salutar tarefa para a nossa vida’, disse Bento XVI em 2009.

5.     Contemplar obras de arte

Como músico e amante da música, Bento XVI experimentou como a beleza pode nos elevar a Deus. Durante uma audiência geral em agosto de 2011, ele compartilhou o quanto um concerto de Bach em Munique o havia tocado : ‘No final da última peça, uma das Cantatas, senti, não por raciocínio mas no profundo do coração, que quanto eu ouvira me tinha transmitido a verdade, a verdade do sumo compositor, impelindo-me a dar graças a Deus’.

‘As cidades e os povoados do mundo inteiro encerram tesouros de arte que exprimem a fé e nos exortam à relação com Deus. Então, a visita aos lugares de arte não seja apenas uma ocasião de enriquecimento cultural — também isto — mas possa tornar-se sobretudo um momento de graça, de estímulo para refortalecer o nosso vínculo e o nosso diálogo com o Senhor’, concluiu o Papa.

6.    Aproveitar os momentos engraçados da vida

Numa entrevista antes da viagem apostólica à Baviera, em setembro de 2006, Bento XVI destacou a importância de não se levar muito a sério e de saber aproveitar as pequenas alegrias da vida : ‘Não sou um homem que se lembra continuamente de anedotas. Mas considero muito importante saber ver o aspecto divertido da vida e a sua dimensão alegre e não viver tudo tão tragicamente, e diria que isto é necessário também no meu ministério. Um escritor disse que os anjos conseguem voar porque não se consideram a si mesmos com demasiada seriedade. E também nós talvez pudéssemos voar um pouco mais, se não déssemos tanta importância a nós mesmos’.

7.     Invocar os santos com mais frequência

Bento XVI tinha uma grande devoção e confiança nos santos. Na missa inaugural de seu pontificado, em 24 de abril de 2005, confiou-se à vasta comunhão dos santos : ‘Todos os santos de Deus estão aí para me proteger, me sustentar e me carregar’.

Ele convidou todos os batizados a pedirem a proteção dos santos.

8.    Reservar um tempo para o silêncio

Apesar da correria da vida, Bento XVI nos convida a fazer tempos regulares de silêncio, um caminho confiável para o encontro com Deus, um espaço para deixar falar ‘alegria, preocupações, sofrimento’, um tempo essencial para discernir o que é importante do que é inútil ou incidental. 

‘Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas. O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras : ‘Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do seu silêncio. O silêncio de Deus, a experiência da distância do Omnipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada’, afirmou Bento XVI em mensagem para o 46º Dia Mundial das Comunicações Sociais.’

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://pt.aleteia.org/2023/03/10/os-conselhos-concretos-de-bento-xvi-para-sermos-mais-santos-no-cotidiano/

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Adoração a Deus e veneração aos Santos

 Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

*Artigo de Vanderlei de Lima, 

eremita na Diocese de Amparo, BA


‘Há quem julgue os católicos dizendo que adoram a Virgem Maria e os Santos em vez de adorarem só a Deus. Ora, o presente artigo demonstra que esse julgamento é falso à luz dos ensinamentos da Igreja.

Comecemos dizendo que alguns Dicionários de Português apresentam veneração e adoração como sinônimos, o que, sem dúvida, causa confusão na mente das pessoas. Diferente, porém, é o caso do Dicionário Completo da Língua Portuguesa (São Paulo : Publifolha, 2000) que traz : ‘Adoração, s.f. 1. ato de adorar. 2. Culto devido a Deus’ (…) e ‘Veneração, s.f. 1. ato ou efeito de venerar; reverência, respeito. 2. Devoção, culto’. Eis, no domínio da Língua Portuguesa, uma oportuna e sábia distinção.

No plano teológico, a questão fica ainda mais clara, dado que a Igreja ensinou, com lucidez, no Concílio de Niceia II (Sessão de 13 de outubro de 787), que a Maria Santíssima e aos Santos se tributa uma carinhosa e respeitosa veneração (δουλεια, dulia) sem que isso constitua uma verdadeira adoração (λατρεία, latria), pois esta é devida só a Deus (cf. Justo Collantes, SJ. La fe de la Iglesia Catolica : las ideas y los hombres en los documentos doctrinales del Magisterio. Madri : BAC, 1983, n. 769).

Culto à Virgem e aos Santos

Em outras palavras, a fé católica chama de dulia o culto aos Santos e de hiperdulia a devoção a Nossa Senhora, Maria Santíssima, colocando-a, desse modo, em destaque, enquanto Mãe de Deus e nossa, entre os justos no céu onde ela está, de modo singular, em corpo e alma. Esse culto à Virgem e aos Santos nada tem de adoração (latria) que convém só a Deus. Ninguém que desejasse, portanto, acusar os católicos de serem idólatras (adoradores de ídolos) encontraria sequer um documento da Igreja para comprovar sua absurda e falsa afirmação.

Pergunta-se, porém, em que consiste a dulia? – Respondemos que ela consiste tão somente na veneração, espontaneamente, prestada pelos fiéis católicos aos seus irmãos que, de modo heroico, lutaram neste mundo e obtiveram a coroa imperecível da vida eterna, assim como toda família venera seus antepassados sem os adorar.

3 momentos

Mais : a veneração dos Santos é composta de três momentos : 1) de adoração e louvor a Deus (nunca aos Santos) pelas maravilhas realizadas em seus Santos fazendo frutificar neles os méritos de Cristo. O culto aos Santos é, portanto, sempre relativo a Deus (teocêntrico) e ao Senhor Jesus Cristo (cristocêntrico). Nos Santos, contemplamos as obras-primas da graça adquirida por Cristo; 2) de súplica ou de pedido a Deus que, pela intercessão dos Santos, nos conceda as graças necessárias de que necessitamos neste mundo a fim de, um dia, nos unirmos a eles na glória celeste. Em Deus, os Santos (que não são oniscientes) sabem que recorremos à sua intercessão; 3) de estímulo para imitarmos os Santos, uma vez que se eles – humanos como nós – conseguiram a glória celeste por graça divina, por que também nós não conseguiríamos? Afinal, todos somos chamados a ser santos como Deus é santo (cf. Lv 11,45; Mt 5,48). Ninguém está excluído do convite ao convívio com o Pai celestial (cf. D. Estêvão Bettencourt, OSB. Curso de Diálogo Ecumênico. Rio de Janeiro : Mater Ecclesiae, 1989, p. 104).

Imagens

Isso posto, resta ainda uma questão importante : é permitida ou proibida na Bíblia a confecção de imagens? – Em resposta, notamos que, no Antigo Testamento, o livro do Êxodo 20,4 mostra que o Senhor Deus proíbe os israelitas de confeccionarem imagens. Tal proibição não era, no entanto, absoluta, mas se devia apenas a uma circunstância transitória, pois cercada de povos idólatras, Israel poderia também ceder à tentação de adorar imagens, o que é idolatria (= adoração de um ídolo).

Passado esse perigo maior, o Senhor mesmo mandou confeccionar imagens para ajudar a piedade dos israelitas, segundo atestam numerosas passagens bíblicas como, por exemplo, Êx 25,17-22; 1Rs 6,23-28. 6,29s; Nm 21,4-9; 1Rs 7,23-26. 7,28s etc. Ora, a Igreja seguiu essa prática legítima da confecção de imagens e pinturas para veneração, apesar das críticas infundadas e até desonestas, ao longo da história.’

 

Fonte : *Artigo na íntegra https://pt.aleteia.org/2021/10/05/adoracao-a-deus-e-veneracao-aos-santos/

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

SÃO FRANCISCO DE ASSIS


 
P/  Maria Vanda A. da Silva
(Ir. Maria Silvia - obl. osb/sp)
 

 
                                                 Uma Oração, nossos pedidos
 

              Ó Boníssimo São Francisco!

              Já estás no convívio do Senhor, por graça e por Justiça.

              Tivestes a ventura, de em vida, manifestar uma  perfeita conversão de corpo e de espírito.

               Deixastes no vosso  caminho, rastro indelével da profissão de fé  em Cristo.

               Carregastes a vossa cruz com preciosa mansidão e inominável sabedoria.

               Distribuístes a todos  o pão  que recebera, por trabalho e compaixão.

              Agora, rogamos-vos: intercedei por todos nós homens, junto ao Senhor, para que sejamos aptos ao exercício da caridade;  que nossos olhos da alma sejam iluminados para recebermos e  repartimos nossos ganhos no Senhor, com todas as criaturas da terra e com os escolhidos pelo Pai.  Que sejamos pacientes, firmes na esperança e no exercício do AMOR e da  PAZ, dádivas imensas que nos foram deixadas, mas ainda não alcançadas.

 
              Ó precioso irmão, Santo,  “ora pro  nobis”. Amém.

    

                                                        Maria Vanda A. Silva

 

Frases de São Francisco:
 
"O que temer? Nada.
A quem temer? Ninguém.
Por que? Porque aqueles que se unem a Deus obtêm três grandes privilégios: onipotência sem poder; embriaguez, sem vinho e vida sem morte".


"Ninguém é suficientemente perfeito, que não possa aprender com o outro e, ninguém é totalmente destituído de valores que não possa ensinar algo ao seu irmão".


  •