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quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

A conversão da língua

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

*Artigo do Padre Flávio José Lima da Silva

 

‘As virtudes são hábitos bons que geram condutas saudáveis das pessoas. Os vícios são ações ruins que prejudicam as pessoas, gerando assim situações desagradáveis. Se somos feitos à imagem e à semelhança do Criador, não deveríamos ser pessoas virtuosas? E os vícios, por que eles estão sempre no nosso horizonte?

De fato, somos filhos e filhas de Deus e, sendo sua imagem e semelhança, deveríamos ser pessoas virtuosas, buscando fazer a vontade dele no cotidiano de nossas vidas. Isso seria o ideal, no entanto, sabemos que existem pessoas que não conseguem viver vidas totalmente virtuosas por diversos motivos e acabam se deixando levar pelos vícios, pois eles parecem que s são mais atraentes e convidativos à uma vida sem compromisso.

Diante disso, destacamos o que falamos, aquilo que verbalmente expressamos, ou seja, o que a língua é capaz de fazer em nossas vidas. Ela pode ser usada para o bem ou para o mal, ou seja, o que falamos poder um ato virtuoso, fazendo o bem, ou uma ação viciosa, fazendo o mal.

Para uma vivência cristã sadia, devemos abrir mão dos vícios, sobretudo da má língua que impede relacionamentos saudáveis causando rancor, ódio e divisão entre as pessoas.

A má língua é um vício capaz de destruir famílias, comunidades, pastorais e movimentos. Esse vício precisa ser excluído do convívio social, pois tem potencial de nos afastar da graça de Deus, portanto, é preciso ter uma atenção redobrada para que a má língua não se torne a principal atividade no nosso cotidiano. Para tanto, vivemos no processo de conversão, isso é um fato, a cada dia buscamos ser um pouquinho melhores. Nesse itinerário, precisamos urgentemente da conversão da língua. É urgente tomar essa decisão, pois a má língua é muito destrutiva e se não houver conversão será difícil a caminhada.

Precisamos concentrar nossas vidas nas virtudes, naquilo que faz bem e que nos santifica. Vivendo a vida nesse itinerário dificilmente os vícios vão ganhar espaço, mas é preciso pautar as ações nas coisas boas, sadias, naquilo que faz bem ao individual e ao coletivo.

 Por fim, a conversão da língua é possível, só depende de cada um. Sejamos, portanto, pessoas determinadas, busquemos falar bem de todos, esse é o melhor remédio para nos libertarmos do vício da má língua. Somos capazes de vencê-lo, mas é preciso ter consciência de que é bom e saudável para todos falar aquilo que é bom e faz bem. 

Tenhamos coragem e força de vontade e a conversão acontecerá.’

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://revistaavemaria.com.br/a-conversao-da-lingua.html

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A língua e os dentes

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)


 
 

Um monge, extremamente devoto, pergunta a seu abade moribundo :
            - O senhor não tem algum segredo de santidade e vida para nos ensinar?
            O ancião com muita dificuldade e espontaneidade, abriu a boca e ordenou ao jovem que olhasse dentro. Para o monge, seu abade estava em delírio, surdo ou não entendia mais o sentido das coisas. Insistiu, falando alto e bem próximo do ouvido do mestre :
            - Eu perguntei se o senhor não tem nenhum segredo de santidade e vida para me ensinar.
            - Então, filho, respondeu o agonizante, estou te pedindo que olhes dentro da minha boca – e abriu-a novamente.
            - Não vejo nada, mestre!
            - Tens certeza, meu filho? Olha com mais atenção. Não estás vendo a minha língua?
            - Ah, sim, vejo a sua língua...
            - E que mais?
            - Não vejo mais nada.
            - Tens certeza? E os meus dentes, consegue vê-los?
            Novamente, o monge pensou que seu abade delirava.
            - Mestre, há muitos anos que o senhor já não tem dentes...
            - Ouça com muita atenção : a língua é feita de carne e músculos, aliás músculos muito frágeis. Os dentes são estruturas  muito fortes, mas que acabam e caem primeiro, porque são duros. A língua é mole e flexível. Ela aprende a adaptar-se...mas é firme naquilo de que precisa. Assim também, meu filho, a pessoa que tem o coração duro : diante dos problemas da vida é a primeira a cair. 
            - Aprende, filho, a ser flexível diante de Deus. Ele quer te dar um coração de carne e não um coração de pedra, mineralizado como os dentes...
 
Fonte :
Adaptado de Pe. Léo, SCJ, Revista Beneditina nrº 43, Outubro/Dezembro de 2011, editado pelas monjas do Mosteiro da Santa Cruz – Juiz de Fora/Minas Gerais.