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quarta-feira, 19 de março de 2014

O Ano da Fé



Este artigo, gentilmente cedido por Dom Lourenço Palata Viola, OSB,
monge beneditino do Mosteiro de São Bento de São Paulo,
faz parte de sua palestra proferida no retiro anual dos oblatos 
(capítulo 1 de 5)


O Ano da Fé surgiu como “uma cidade levantada num monte”, para a qual o nosso saudoso Papa Bento XVI nos convidou a subir de um modo especial desde o dia 11 de outubro de 2012, comemoração do jubileu áureo da abertura do Concilio Ecumênico Vaticano II e do vigésimo aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica. Em sua carta apostólica PORTA FIDEI com a qual proclamava o Ano da Fé, o mesmo nos propunha vários aspectos reflexivos acerca de sua intenção em levar adiante este grande propósito, dentre os quais podemos destacar de maneira especial a “necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo” (Bento XVI, Porta Fidei, 2). Redescobrir o caminho da Fé. Encontrar novamente o rumo certo que outrora nos foi concedido por Deus no Dom de seu Filho Jesus Cristo e que por meio de nosso egoísmo e amor próprio muitas vezes nos deixamos desvanecer, e assim com nossos olhos envoltos pela escuridão não podemos contemplar e realizar a Obra de Deus que outra não é senão aquela que apresentou Jesus ao ser questionado: “Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus? A obra de Deus é esta: crer Naquele que Ele enviou” (cf Jo 6,28-29).

Faço-lhes aqui uma pergunta: nós cremos verdadeiramente em Jesus Cristo? Colocamos a Obra de Deus em prática na nossa vida e no mundo através de nosso testemunho? Temos sido moradores da cidade edificada sobre o monte, portadores da Luz da Fé?

A Igreja sempre se renova através da ação vivificadora do Espírito Santo, um grande sinal disso foi o Concilio Vaticano II, o qual nas palavras do Beato Papa João Paulo II “foi a grande graça de que se beneficiou a Igreja no século XX : nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa”(João Paulo II, Carta Ap. Novo Millennio ineunte); e tendo em vista a atualização desta renovação nos disse Bento XVI que “se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja”(Bento XVI, Discurso à Cúria Romana, 22/12/05).

O nosso testemunho de vida consiste em uma das grandes fontes renovadoras da Igreja, nós cristãos somos chamados a fazer brilhar com a nossa própria vida no mundo a Palavra da verdade que o Cristo nos deixou, a sermos criaturas transfiguradas no amor daquele que “faz nova todas as coisas” (Ap 21,6).

Nesta perspectiva renovadora, o Ano da Fé foi e é um convite para que façamos uma verdadeira e renovada conversão de toda nossa vida ao Senhor, único Salvador do mundo, que nos atrai e convoca a uma descoberta diária de seu mistério de amor, onde ganha força e vigor o nosso compromisso de cristãos. “A Fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido, e é comunicada como experiência de graça e alegria.”(PF,7) Deus nos amou plenamente e enviou-nos seu Filho para que através de sua oferta de amor fôssemos reconciliados com Ele; É esse amor grandioso, do qual fazemos uma experiência cada vez maior à medida que vamos nos lançando, nos abandonando com confiança desmedida, que faz crescer e revigorar a nossa fé, pois sua origem é o próprio Deus. Quem não se entrega ao amor de Deus, a nós oferecido em abundância em seu Filho Jesus Cristo, mas ao contrário, coloca em sua vida outros amores no lugar deste, vivencia e envolve-se numa mentira de que Deus não se interessa por ele.

Não! A Fé nos dá a certeza de que somos filhos de Deus, que estamos projetados em Jesus Cristo, o qual nos ensina a chamar a Deus de Pai no mistério de sua filiação. Não devemos jamais fugir do olhar de Cristo, nele está o olhar do Pai e nada poderá nos afastar do amor de Deus por nós em Cristo Jesus.

Um Deus que é amor, que se faz próximo de sua criatura encarnando e doando-se a si mesmo na cruz para nossa salvação e assim reabrir as portas do céu, nos indica de modo eficaz que a plenitude do homem consiste unicamente no amor.

“A fé é assim o acolhimento generoso desta mensagem transformadora na nossa vida, o acolhimento da Revelação de Deus que nos faz conhecer quem Ele É, como age, quais são os seus desígnios para nós” (Bento XVI, Catequese 17/10/12).




 - Gal 3, 23-29

* A fé é verdadeiramente a força transformadora da nossa, da minha vida?

* Tenho feito constantemente a experiência do amor de Deus que me é concedido em Jesus Cristo?  

* Como vivenciei o Ano da Fé? Subi até a cidade edificada sobre o monte e aí iniciei o processo renovador ao qual fui convidado, abrindo meu coração à ação do Espírito Santo?


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Encontro dos bispos católicos de rito oriental


Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)



Ocorreu em Zagreb, capital da Croácia, entre 22 e 25 de novembro de 2012, o encontro anual dos bispos representantes de 14 igrejas católicas de rito oriental e o 4º centenário da união da Igreja greco-católica croata com Roma, e teve como pauta :  


W o concílio Vaticano II e as Igrejas católicas orientais,
W o catecismo da Igreja greco-católica ucraniana,
W o código de direito canônico oriental e
W as celebrações programadas para o Ano da Fé nas Igrejas católicas orientais

 
Para realçar o vínculo entre a Croácia e outras tradições orientais da Europa, foi utilizado na parte central da missa de abertura, o antigo idioma croata-glagolítico, uma forma veterocroata ligada ao mais antigo alfabeto eslavo criado pelos santos irmãos missionários Cirilo e Metódio, no século IX.  

De acordo com o cardeal Bozanić, arcebispo de Zagreb : ‘No Ano da Fé, somos chamados a renovar os dons que recebemos e que nos fortaleceram no seguimento de Cristo’. 

Quanto ao bispo Nikola Kekic, de Krievci, da diocese que acolheu o evento, o intuito era o de demonstrar uma Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, encabeçada pelo papa de Roma. 

E dom Alessandro D'Errico, Núncio Apostólico para a Croácia, leu uma mensagem do cardeal Peter Erdo, arcebispo de Esztergom-Budapeste e presidente do episcopado europeu : ‘Na Europa de hoje, embora nem sempre plenamente conscientes, os nossos cidadãos sentem uma grande necessidade de Deus, dos valores espirituais e de uma nova concepção de vida que não olhe apenas para os bens materiais’. Para o cardeal húngaro, os cidadãos europeus ‘precisam conhecer confessores da fé e pessoas que não separam a fé da vida cotidiana’. 

Os trabalhos foram agraciados pelo pronunciamento do bispo responsável pelos católicos de rito bizantino na Grécia, dom Dimitrios Salachas, de Sua Beatitude Sviatoslav Schevchuk, líder da Igreja greco-católica ucraniana, e de dom Cyril Vasil, secretário da Congregação para as Igrejas Orientais da Santa Sé. 

Dom Virgil Bercea, bispo de Oradea-Mare, lançará em breve um comunicado sobre o recente Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização.
 

Fonte :


terça-feira, 13 de novembro de 2012

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A Nova Evangelização - Encerramento do Sínodo dos Bispos

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

Basílica de São Pedro : Celebração eucarística de encerramento da
13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos

Na homilia do domingo, da 30ª semana do Tempo Comum, Bento XVI citou a cura do cego Bartimeu, abordado expressivamente no Evangelho de Marcos.
 
A imagem da cegueira tem um sentido denso no Novo Testamento, justamente por simbolizar o homem que necessita da luz da fé, da luz primordial.

Nas palavras de Bento XVI, ‘Bartimeu não é cego de nascença, mas perdeu a vista: é o homem que perdeu a luz e está ciente disso, mas não perdeu a esperança. Num de seus escritos, Santo Agostinho interpreta Bartimeu como pessoa decaída duma condição de grande prosperidade e nos convida a refletir sobre o fato de que há riquezas preciosas na nossa vida que podemos perder e que não são materiais’.
 
Na ocasião, o Papa salientou três linhas pastorais resultantes do Sínodo e dizem respeito :

ª aos  sacramentos da iniciação cristã
com uma catequese adequada, preparar o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia;  sem esquecer a importância da Penitência, sacramento da misericórdia de Deus
 
ª à missão além-fronteiras (ad gentes)
cabe à Igreja anunciar o evangelho e, por meio do Espírito Santo, restaurar o vigor missionário dos agentes pastorais e dos fiéis leigos, tendo em mente que a globalização provocou um amplo deslocamento populacional

ª às pessoas batizadas que não vivem as exigências do Batismo
conjugar os métodos tradicionais de pastoral com novos métodos e linguagens, ‘apropriadas às diversas culturas do mundo, para implementar um diálogo de simpatia e amizade que se fundamenta em Deus que é Amor.’

 
Fonte :
Domingo, 28 de Outubro de 2012
30ª semana do Tempo comum

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

ORAÇÃO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO

p/ Maria Vanda A. Silva
(Ir. Maria Sílvia -obl.OSB/SP)


(João Paulo II – Oração em preparação do grande Jubileu do ano 2000).

Espírito Santo, hóspede amável dos corações!
Manifestai-nos o sentido profundo
do Grande Jubileu
e disponde o nosso espírito para celebrarmos com fé,
na esperança desinteressada.

Espírito de Verdade, que perscrutais as profundezas de Deus,
memória e profecia da Igreja,
levai a humanidade a reconhecer em Jesus de Nazaré,
o servo da glória,
o Salvador do mundo,
o cumprimento supremo da História..

Espírito Criador, secreto construtor do Reino,
com a força dos vossos dons ,
dirigi a Igreja para transpor com coragem
o limiar do novo milênio,
a fim de levar as gerações que hão de vir
a luz da palavra salvadora.

Espírito da Santidade,
sopro divino que incita o universo,
vinde e renovai a face da terra.
Suscitai o nos cristãos o desejo da unidade plena,
para serem, no mundo,
sinal e instrumento eficaz da união com Deus
e a unidade de todo gênero humano.

Espírito de comunhão,
alma e sustentáculo da Igreja,
Fazei que a riqueza de carismas e ministérios
contribua para a unidade do Corpo de Cristo,
fazei que os leigos, consagrados e ministros ordenados
concorram unânimes para a edificação do único Reino de Deus.

Espírito de consolação,
Fonte inesgotável de alegria e de paz,
despertai a solidariedade por quem vive na miséria,
proporcionai aos doentes o conforto de que precisam,
infundi em quem se acha na provação
firmeza e esperança
e, em todos,
reavivai o empenho por um futuro melhor.

Espírito de sabedoria,
que sensibilizai as inteligências e os corações,
orientai o caminho da ciência e da técnica
para o serviço da vida, da justiça e da paz.

Tornai fecundo o diálogo com os membros de outras religiões,
fazei que as diversas culturas se abram aos valores do Evangelho.

Espírito de vida,
por cuja obra o verbo se encarnou no seio da Virgem Maria,
Mulher do silêncio e da escuta,
tornai-nos dóceis às sugestões do vosso amor.
e sempre prontos a acolher os sinais dos tempos
que vós colocais nos caminhos da História.

A vós, Espírito de amor,
com o Pai onipotente e o Filho unigênito,
seja dado o louvor, honra e glória
pelos séculos dos séculos sem fim.

Amém.



domingo, 14 de outubro de 2012

Ano da Fé : Questões Básicas

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)



No dia 11 de outubro de 2012 começou o Ano da Fé, convocado por Bento XVI.

1. O que é o Ano da Fé?
O Ano da Fé "é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo" (Porta Fidei, 6).

2. Quando se inicia e quando termina?

Inicia-se a 11 de outubro de 2012 e terminará a 24 de novembro de 2013.

3. Por que nessas datas?
Em 11 de outubro coincidem dois aniversários: o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica. O encerramento, em 24 de novembro, será a solenidade de Cristo Rei.

4. Por que é que o Papa convocou este ano?

Enquanto que no passado era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes setores da sociedade, devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas". Por isso, o Papa convida para uma "autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo". O objetivo principal deste ano é que cada cristão "possa redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo".

5. Quais meios assinalou o Santo Padre?

Como expos no Motu Proprio "Porta Fidei": Intensificar a celebração da fé na liturgia, especialmente na Eucaristia; dar testemunho da própria fé; e redescobrir os conteúdos da própria fé, expostos principalmente no Catecismo.

6. Onde terá lugar?

De 
Bento XVI, o alcance será universal. "Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo".

7. Onde encontrar indicações mais precisas?

Numa 
nota publicada pela Congregação para a doutrina da fé :
- Encorajar as peregrinações dos fiéis à Sede de Pedro;
- Organizar peregrinações, celebrações e reuniões nos principais Santuários.
- Realizar simpósios, congressos e reuniões que favoreçam o conhecimento dos conteúdos da doutrina da Igreja Católica e mantenham aberto o diálogo entre fé e razão.
- Ler ou reler os principais documentos do Concílio Vaticano II.
- Acolher com maior atenção as homilias, catequeses, discursos e outras intervenções do Santo Padre.
- Promover transmissões televisivas ou radiofônicas, filmes e publicações, inclusive a nível popular, acessíveis a um público amplo, sobre o tema da fé.
- Dar a conhecer os santos de cada território, autênticos testemunhos de fé.
- Fomentar o apreço pelo patrimônio artístico religioso.
- Preparar e divulgar material de caráter apologético para ajudar os fiéis a resolver as suas dúvidas.
- Eventos catequéticos para jovens que transmitam a beleza da fé.
- Aproximar-se com maior fé e frequência do sacramento da Penitência.
- Usar nas escolas ou colégios o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica.
- Organizar grupos de leitura do Catecismo e promover a sua difusão e venda.


9. Onde posso obter mais informação?

Visite o site 
annusfidei.va

Fonte :
http://www.opusdei.org.br/art.php?p=50231