Missionário Scalabriniano
‘...Recebam
uma saudação de esperança das Arábias.
As
realizações dependem sempre de dois elementos importantes : ter uma visão na
linha do horizonte e a determinação de caminhar no seu rumo com o intuito de
chegar o mais perto possível.
O
sucesso de Dubai dependeu muito de seu xeque Rashid, da dinastia Maktum e seus
sucessores que souberam combinar visão e determinação.
Contudo, nada poderia ter sido conquistado se
não fosse pelo espírito gregário dos vilarejos, reconhecidos como trabalhadores
incansáveis. Sem recursos em terras desérticas, resolveram buscar soluções para
sua sobrevivência. Por isso aumentou-se a frota de navios para comercializar e,
muitas vezes, até contrabandear. Sendo o porto de pouco calado, pediram dinheiro
emprestado para dragá-lo. Convidaram estrangeiros para se estabelecerem com
seus negócios no Emirado, prometendo-lhes que não pagariam impostos e que não
haveria convulsões sociais.
Como
era de se esperar, os estrangeiros caíram nas graças do xeque Rashid da vila de
Dubai, que já se havia transformado em cidade.
Com
a presença de pessoas de outros países e a visita de comerciantes, Rachid foi
informado das maravilhas do mundo moderno. Soube que havia arranha-céus em Nova
York e o trem subterrâneo de Londres. Ouvia as informações com atenção. A nova
situação revelou um grande abismo entre Dubai e o resto do mundo. Rachid
decidiu que isso mudaria.
A
cidade de Dubai já não se constituía numa população isolada entre a areia e o
mar. Alimentou o sonho de que o nome da cidade de Dubai deveria ser conhecido,
em todo o planeta. Queria sentar para um jantar em Nova York e comentar os
acontecimentos de Dubai. Sua ambição era ver dois ingleses, tomando cerveja e
falando sobre Dubai. Enfim, propôs a si mesmo que faria com que a cidade
estivesse na boca dos fazendeiros na China, dos banqueiros da Suíça, dos
generais da Rússia.
Contudo,
para que todos pudessem conhecer Dubai, ela não podia ser uma cidade pequena e
pobre. Alimentou o desejo de
transformá-la na mais luxuosa cidade da terra como não haveria outra. Seria a
Cidade do Ouro.
O
xeque Rashid era um homem carismático, exagerado e ambicioso sem muito tempo
para dialogar sobre projetos. Pôs em
seus planos de transformar Dubai no centro financeiro do mundo, do edifício
mais alto do planeta, do hotel mais alto e caro da terra, do maior porto
artificial do mundo, da imitação das construções emblemáticas de Nova
York. A arquitetura aqui deveria
explorar a unicidade e a beleza. Para ser diferente deveria trazer para o
deserto o que seria inimaginável : uma cancha de esqui, o maior jardim de
flores do mundo, outro jardim com milhares de borboletas, uma selva amazônica,
ilhas artificiais e vai por aí afora.
A
megalomania de Rashid, porém, foi um eclipse para o bom senso. O sentido de
comunidade, acolhida e simplicidade das pessoas do deserto foram perdidos para
sempre. À visão e determinação
faltou-lhe sabedoria.
Amigos
e amigas,
‘Todo mestre da lei, bem esclarecido quanto
ao Reino dos céus, é semelhante a um pai de família que sabe tirar do seu
tesouro coisas novas e coisas velhas’. MT 13:52’
Fonte :
* Artigo na íntegra de http://www.news.va/pt/news/missionario-nas-arabias-determinacao-e-visao
Leia também : http://perolasfinas.blogspot.com.br/2015/03/um-missionario-brasileiro-nas-arabias.html
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