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terça-feira, 1 de janeiro de 2019

História de Santa Maria

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

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‘No dia 1º de janeiro, enquanto o mundo comemora o dia mundial da paz, primeiro dia do ano, a Igreja comemora o dia de Santa Maria, Mãe de Deus. É dia santo, dia de preceito e mistério. Esse título de Nossa Senhora contém toda a profundidade da nossa fé. Não é à toa que A Igreja colocou esta festa no primeiro dia do ano.

Origem

Nesta data celebrava-se, antigamente, a festa chamada Circuncisão do Menino Jesus. A circuncisão é uma cerimônia dos judeus que, como sabemos, acontece oito dias após o nascimento dos meninos. Assim aconteceu com Jesus. Hoje, porém, a Igreja comemora neste dia solenidade da Santíssima Virgem Maria Mãe de Deus. Esse título foi dado a Nossa Senhora no Concílio de Éfeso, que aconteceu  em 431. Nessa ocasião a Igreja proclamou Virgem Santíssima como ‘Theotókos’, expressão grega que significa Mãe de Deus.

Mistério

A festa de Santa Maria Mãe de Deus celebra o mistério da maternidade divina que foi dada a Nossa Senhora. De fato, quando Maria se tornou Mãe de Jesus, o Filho de Deus, por consequência e por graça do Espírito Santo, ela se tornou também Mãe de Deus. A criatura se torna Mãe daquela pelo qual todas as coisas foram feitas, Jesus. É um mistério que revela a humildade de Jesus, que aniquilou-se a si mesmo tornando-se semelhante a nós, sendo gerado no seio da Virgem Maria. Jesus deu a Maria o direito de chama-lo de Filho’. E Ele, por sua vez, a chama de sua Mãe.

Elo de união entre a terra e o céu 

Quando a Virgem Maria disse seu SIM a Deus, ela tornou-se o elo de união entre o céu e a terra. E quando ela deu à luz seu filho Jesus, este elo se concretizou. Através dela, Jesus se fez homem. Através dela a salvação de Jesus entrou no mundo. Por isso, esse dia primeiro de Jesus janeiro é também um dia de gratidão à Mãe Santíssima, pelo sim despojado e cheio de amor que ela disse a Deus.

Mãe, educadora, formadora

Hoje a ciência sabe que os primeiros 5 a 7 anos de vida de um ser humano determinam quem ele será quando adulto. Quando observamos o homem Jesus e vemos a plenitude de humanidade, de bondade, de sabedoria e de força que Ele carrega, precisamos lembrar que este homem foi formado num lar e teve como Mãe e formadora Maria Santíssima. Ela o acompanhou quando Ele estava formando sua personalidade humana na primeira infância. E se a personalidade humana de Jesus é tão fascinante, tão cheia de amor, tão cativante, Maria teve papel importantíssimo na ‘formação humana do Filho de Deus’.

Bendita entre as mulheres

Quando Santa Isabel recebeu a visita da Virgem Maria, ficou cheia do Espírito Santo e assim, plena do Espírito de Deus, exclamou : ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.’ (Lc. 1,42). O Fruto do ventre ao qual Isabel se referia é Jesus, o Filho de Deus, nosso Senhor e Salvador. Por isso, todo aquele que aceita o Filho, Jesus, aceita também a Mãe, Maria. Maria é bendita entre as mulheres não por vontade própria, mas por vontade de Deus. Foi Deus quem a fez bendita entre as mulheres.

Dogma de fé

A afirmação da Virgem Maria como Mãe de Deus tornou-se um dogma de fé. O Concílio de Éfeso proclamou este Dogma no ano 431. O texto diz o seguinte : ‘Maria se tornou, com toda a verdade, Mãe de Deus. Mãe de Deus, por ter concebido humanamente o Filho de Deus em seu seio :  Mãe de Deus, não porque o Verbo de Deus dela tenha recebido a natureza divina, mas porque dela recebeu o corpo sagrado, dotado duma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne.’ DS 251. Este reconhecimento de Maria foi feito, primeiramente, pelo próprio Espírito Santo, como lemos no Evangelho de Lucas que Isabel, cheia do Espírito Santo, chamou Maria de ‘mãe de meu Senhor’ (Lc1, 43).

Oração composta por São Bernardo a Santa Maria Mãe de Deus

‘Lembrai-Vos, Oh! puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à Vossa proteção, implorado a vossa assistência e reclamado o vosso socorro, fosse por vós desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e gemendo sob o peso de meus pecados me prostro a vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que vos rogo. Amém.’


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