‘O
comércio mundial de armas teve a sua quarta retração consecutiva, segundo dados
do relatório do Instituto Internacional de Pesquisas para a Paz (Suécia),
divulgados esta semana. No entanto, apesar da redução de 1,5 por cento desde
2013, o estudo revela que o setor possui um peso considerável na economia
global.
‘L’Osservatore Romano’ destaca que o
lobby do armamento excede as fronteiras dos países e provoca mortes em todo o
mundo. De acordo com o jornal vaticano, o relatório traz uma série de dados
relativos às despesas militares com o comércio de armas, seja legal ou ilegal.
O estudo aponta
ainda que houve uma tendência de redução na venda de armas na América do Norte
e em alguns países da União Europeia. Em contrapartida, a Alemanha e a Suécia
registraram aumento de 9 por cento e de 11 por cento, respectivamente.
Já entre os
produtores emergentes, a Rússia continua a dominar a lista dos 100 maiores
fabricantes mundiais. Outros países que se destacaram no crescimento do
comércio de armas foi a Turquia, a Índia e a Coreia do Sul – mais de 10 por
cento, segundo o relatório.
Chama a atenção,
no estudo sueco, a categoria dos ‘novos
produtores’, que pretende analisar melhor a evolução das empresas em que os
países anunciaram metas para indústria militar, como no Brasil, na Índia, na
Coreia do Sul e na Turquia.
Entre 2013 e 2014,
o tráfico de armas nesses países teve um aumento substancial graças as suas
produções. No total, segundo os dados, a entrada de produtores nesses países
cresceu 5,1 por cento. No topo, está a empresa russa Uralvagonzavod, cujos
lucros cresceram até 72,5 por cento.
Ainda sobre o tema, o
Papa Francisco tem condenado constantemente o tráfico de armas. Juntamente com
a desnutrição, o trabalho escravo e a falta de água potável no mundo, a
produção e o tráfico de armas também são apontados por Francisco como um dos
maiores problemas da sociedade mundial.’
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