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quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Os mares e os desertos não se tornem cemitérios de migrantes

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 
*Artigo do L'Osservatore Romano


Há cemitérios feitos de cruzes e lápides. Mas há também cemitérios feitos de água e areia : são os mares e desertos que engolem as numerosas vítimas das rotas migratórias. É este o núcleo da sentida denúncia que o Papa Francisco quis dedicar a sua reflexão «às pessoas que — até neste momento — atravessam mares e desertos para chegar a uma terra onde viver em paz e segurança».

Interrompendo a habitual catequese centrada no tema «A Esposa e o Espírito», o Pontífice dirigiu-se aos fiéis presentes na praça de São Pedro e aos que estavam ligados através dos meios de comunicação social para reiterar que «naqueles mares e desertos mortais, os migrantes de hoje não deveriam estar — mas infelizmente estão». No entanto, advertiu o Papa, «não é através de leis mais restritivas, não é mediante a militarização das fronteiras, não é através de rejeições que conseguiremos alcançar um resultado». Pelo contrário, devem ser promovidas vias de acesso «seguras» e «regulares» para os migrantes, «facilitando o refúgio a quem foge das guerras, da violência, da perseguição e das várias calamidades». É também fundamental, disse o Santo Padre, promover «de todas as formas uma governação global das migrações fundamentada na justiça, na fraternidade e na solidariedade», combatendo o tráfico de seres humanos e os crimes de quem explora «sem piedade» a miséria dos outros.’

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://www.osservatoreromano.va/pt/news/2024-08/por-035/os-mares-e-os-desertos-nao-se-tornem-cemiterios-de-migrantes0.html

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