Por Eliana Maria
(Ir. Gabriela, Obl. OSB)
*Artigo de Daniel R. Esparza
‘A ordem católica
monástica dos jerônimos, ou Ordem de São Jerônimo, foi fundada no século XIV,
mas sua inspiração carismática remonta à influente figura de São Jerônimo,
teólogo e estudioso cristão primitivo conhecido principalmente pela sua
tradução da Bíblia para o latim – a Vulgata. Seu nome, em grego,
significa ‘aquele de nome sagrado’.
Assim como ocorre com
muitas outras ordens contemplativas, a dos jerônimos segue a Regra de Santo
Agostinho.
Seu primeiro mosteiro
oficial foi estabelecido perto de Toledo, na Espanha, mas a ordem se
desenvolveu a partir de um interesse bastante espontâneo de algumas comunidades
eremíticas tanto na Espanha quanto em Portugal, imitando a vida de São Jerônimo
: uma vida semi-eremítica dedicada à contemplação e ao estudo. Esse modo de
vida logo se difundiu pela Espanha. Dois desses eremitas, Pedro Fernández y Pecha
e Fernando Yáñez y de Figueroa, consideraram que seria mais proveitoso adotar
um modo de vida mais regular, em comunidade, sob uma regra monástica
autorizada.
Sob sua liderança, o
Mosteiro de São Bartolomeu foi fundado em Lupiana, com Fernández y Pecha
atuando como o primeiro prior. Imediatamente depois, em 1373, o Papa Gregório
XI emitiu uma bula papal reconhecendo-os como ordem religiosa. Em 1415, já
havia 25 mosteiros jerônimos na Espanha. A ordem rapidamente se destacou no
mundo católico e atraiu numerosos membros em toda a Península Ibérica.
Durante os séculos XV
e XVI, os jerônimos viveram um período de expansão e reforma, recebendo o
patrocínio dos reis de Espanha e Portugal, que apoiaram os seus mosteiros para
que a ordem pudesse contribuir para a vida intelectual e cultural da época.
Seus membros se dedicavam ao estudo das Escrituras, à pesquisa teológica e à
preservação de textos antigos. As bibliotecas da ordem se tornaram repositórios
renomados de conhecimento. De fato, muitos monges jerônimos eram estudiosos,
teólogos e escritores por mérito próprio.
No entanto, como
tantas outras ordens religiosas, também eles enfrentaram desafios durante a
Reforma e os subsequentes períodos de turbulência religiosa. A ordem sofreu um
declínio em seu número de membros e teve mosteiros suprimidos em vários países.
Apesar disso, os jerônimos conseguiram sobreviver e se adaptar aos novos
tempos, continuando a sua missão de oração, contemplação e atividades
acadêmicas – ainda que tivessem de recorrer à panificação e à venda de pastéis
de nata para sustentar-se em tempos difíceis.
Nos dias de hoje, a
Ordem dos Jerônimos ainda existe, embora com número bastante pequeno de membros
: 26 conventos e apenas um mosteiro masculino permanecem ativos na atualidade.
Seus mosteiros continuam sendo lugares de retiro, oração e estudo. Os jerônimos
permanecem comprometidos com as suas tradições de austeridade, pesquisa
intelectual e contemplação, preservando o legado de São Jerônimo.’
Fonte : *Artigo na íntegra
https://pt.aleteia.org/2023/07/07/quem-sao-os-monges-jeronimos/
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