‘A memória que a Igreja celebra hoje
não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas
pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História
do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real
alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova,
construída em 543, perto do templo de Jerusalém.
Os manuscritos não canônicos, contam
que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria,
cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo
Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente, quanto no
Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com
muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso esta festa
aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus através
daquela muito bem soube isto fazer com a vida, como partilha Santo Agostinho,
em um dos seus Sermões:
‘Acaso
não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu,
foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação; criada
por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade
do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de
Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim
Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente’.
A Beata Maria do Divino Coração
dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora, de modo que
quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.
Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o
Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o
mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.
Nossa Senhora da Apresentação, rogai
por nós!’
Fonte :
* Artigo na íntegra de http://santo.cancaonova.com/santo/apresentacao-de-nossa-senhora-no-templo/
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