domingo, 8 de fevereiro de 2015

Os pais e a transmissão da fé aos pequeninos

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

*Artigo de Rachel Abdalla, 
Presidente do Pequeninos do Senhor

‘São Paulo escreve na Carta aos Romanos : ‘Acredita-se com o coração e, com a boca, faz-se a profissão de fé’ (Rm 10, 10). Mas como desabrochar a fé a partir da infância?

Na Carta Apostólica Porta Fidei, escrita pelo Papa Bento XVI para o 'Ano da fé' (2012-2013), lemos que, a 'fé, que atua pelo amor' (Gl 5, 6),... muda toda a vida do homem. Ela cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido... E o coração indica que o primeiro ato, pelo qual se chega à fé, é dom de Deus e ação da graça que age e transforma a pessoa até o mais íntimo dela mesma.

Frequentemente, ouvimos pessoas dizerem : eu não sei o que é fé, ou, a minha fé é muito pequena... E, então, podemos nos perguntar : será que a fé lhe foi transmitida? Ou, como ela foi alimentada ao longo da vida?

Se uma pessoa é batizada e faz a primeira Eucaristia aos dez anos, e só volta à Igreja depois de vinte anos para se casar, quão grande será a sua fé? Se a primeira e, talvez, a última vez que ela teve uma orientação cristã foi na sua primeira catequese, esse talvez seja o tamanho de sua fé : o tamanho da sua roupa de Primeira Eucaristia. Será que na hora de se casar, a roupa ou a fé estará condizente com o seu tamanho físico e emocional?

A Declaração Gravissimum Educationis, sobre Educação Cristã, promulgada no Concílio Vaticano II, afirma que ‘os pais devem ser para seus filhos os primeiros mestres da fé’ (GE 2). E, o Documento 26 - Catequese Renovada – da CNBB (1983) concorda que ‘a família cristã, pela graça sacramental do matrimônio tornada como que ‘igreja doméstica’, é lugar, por excelência, de Catequese, especialmente na primeira infância’ (121).

Portanto, os pais são os primeiros responsáveis pela transmissão da fé aos seus filhos. Cabe a eles os primeiros passos na caminhada cristã em casa, e depois no encaminhamento para a catequese que é uma educação da fé. E, à Igreja, cabe a responsabilidade de acolhê-los na iniciação cristã desde bem pequeninos, desde a mais tenra idade, até mesmo antes dos sete anos, tempo em que estão sendo formados o caráter, a personalidade, a afetividade e os valores que serão a base de suas condutas durante a vida; inseri-los numa catequese lúdica, orientando-os para a fé, o quanto antes, a partir do encontro com a pessoa de Jesus, Aquele que será o melhor amigo durante toda a vida, introduzindo-os na vida da comunidade e formando-os para uma vida cristã prática e atuante.

Segundo o Documento de Aparecida (2007), 'assumir essa iniciação cristã exige não só uma renovação de modalidade catequética da Paróquia... mas, desenvolver uma catequese que seja permanente, que continue o processo de amadurecimento da fé (cf.294), além de organizar novas formas que ajude o catequizando a valorizar o sentido da vida junto aos sacramentos, a participação na comunidade e o compromisso como cidadão, para que ele tenha a consciência de ser sal e fermento no mundo, com uma identidade cristã forte e segura (cf.286).


Fonte :
* Artigo na íntegra de
http://www.pequeninosdosenhor.org/index.php/category/pequeninos-do-senhor-na-zenit/

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