São
Simão
Simão é, talvez, o mais desconhecido
dos apóstolos. Aliás, na Bíblia mesmo, recebeu apelidos para ser diferenciado
de Simão Pedro. Ele é chamado de Simão, ‘o
cananeu’, pelos apóstolos Mateus e Marcos. Alguns estudiosos cristãos
entendem que este ‘cananeu’ pode ser
uma referência a Canaã, a terra de Israel.
Mas quando Lucas, no seu Evangelho, o
chama de ‘o zelote’, parece querer
indicar que Simão pertencera ao partido judeu radical que tinha o mesmo nome.
Os radicais zelotes pregavam a luta armada contra os dominadores. Como se vê,
Jesus queria, mesmo, um colegiado de doze apóstolos que representassem todas as
correntes políticas e religiosas da época.
Sabe-se que Simão, como todos os outros
apóstolos dos primeiros tempos do cristianismo, depois do Pentecostes percorreu
caminhos pregando o Evangelho sem nada levar consigo. Operou muitos milagres,
curou enfermos, limpou leprosos e expulsou espíritos maus.
Conta uma antiga tradição que Simão
encontrou-se com o apostolo Judas Tadeu na Pérsia e, desde então, viajaram
juntos. Percorreram as doze províncias do Império Persa, deixando o
conhecimento histórico e religioso como foi encontrado num antigo livro da
época chamado ‘Atos de Simão e Judas’,
de autor desconhecido. Nele consta que, no dia 28 de outubro do ano 70, houve o
assassinato dos dois apóstolos a mando dos sacerdotes pagãos, preocupados com a
eloqüência das pregações que convertiam multidões inteiras.
Outras fontes falam da pregação de
Simão também no Egito, Líbia e Mauritânia. Segundo Eusébio, idôneo e célebre
historiador, Simão teria sido o sucessor de Tiago na cátedra de Jerusalém, nos
anos da trágica destruição da cidade santa.
Conforme um antigo registro atribuído
ao famoso historiador Egesipo, Simão teria sido martirizado no ano 107, durante
o governo do imperador Trajano, com cento e vinte anos de idade.
São
Judas Tadeu
Judas, apóstolo que celebramos hoje,
para não ser confundido com Judas Iscariotes, ‘apóstolo da perdição’, o traidor de Jesus, foi chamado nos
evangelhos de Judas Tadeu. O nome Judas vem de Judá e significa festejado.
Tadeu quer dizer peito aberto, destemido, melhor ainda, magnânimo.
Era natural de Caná da Galiléia, na
Palestina, filho de Alfeu, também chamado Cléofas, e de Maria Cléofas, ambos
parentes de Jesus. O pai era irmão de São José; a mãe, prima-irmã de Maria
Santíssima. Portanto Judas era primo-irmão de Jesus e irmão de Tiago, chamado o
Menor, também discípulo de Jesus.
Os escritos cristãos dessa época
revelam mesmo esse parentesco, uma vez que Judas Tadeu seria um dos noivos do
episódio que relata as bodas de Caná, por isso Jesus, Maria e os apóstolos
estariam lá.
Na Bíblia, ele é citado pouco, mas de
maneira importante. No evangelho de Mateus, vemos que Judas Tadeu foi escolhido
por Jesus. Enquanto nas escrituras de João ele é narrado mais claramente. Na
ceia, Judas Tadeu perguntou a Jesus : ‘Mestre,
por que razão deves manifestar-te a nós e não ao mundo?’ Jesus
respondeu-lhe que a verdadeira manifestação de Deus está reservada para aqueles
que o amam e guardam a sua palavra. Também faz parte do Novo Testamento a
pequena Carta de São Judas, a qual traz os fundamentos para perseverar no amor
de Jesus e adverte contra os falsos mestres.
Após ter recebido o dom do Espírito
Santo, Judas Tadeu iniciou sua pregação na Galiléia. Realizou inúmeros milagres
em sua caminhada pelo Evangelho. Depois, foi para a Samaria e, próximo do ano
50, tomou parte no primeiro Concílio, em Jerusalém. Em seguida, continuou a
evangelizar na Mesopotâmia, Síria, Armênia e Pérsia, onde encontrou Simão, e
passaram a viajar juntos.
Conta a tradição que percorreram juntos
as doze províncias do Império Persa, nas quais converteram muitos pagãos. Ainda
segundo essa fonte, os dois apóstolos foram torturados e mortos no mesmo dia,
por pagãos perseguidores. Por isso a Igreja manteve a mesma data para as duas
homenagens.
Ao certo, o que sabemos é que o
apóstolo Judas Tadeu tornou-se um mártir da fé, isto é, morreu por amor a Jesus
Cristo. A sua pregação e o seu testemunho eram tão intensos que os pagãos se
convertiam. Os sacerdotes pagãos, furiosos, mandaram assassinar o apóstolo, a
golpes de bastões, lanças e machados. Tudo teria acontecido no dia 28 de
outubro de 70.
Os restos mortais, guardados primeiro
no Oriente Médio e depois na França, agora são venerados em Roma, na Basílica
de São Pedro. Considerado pelos cristãos o santo intercessor das causas
impossíveis, foi a partir da devoção de santa Gertrudes que essa fama ganhou
força no mundo católico. Ela, em sua biografia, relatou que Jesus lhe
aconselhou invocar São Judas Tadeu até nos ‘casos
mais desesperados’. Depois disso, aumentou o número de devotos do seu poder
de resolver as causas que parecem sem solução. Diz a tradição que não há um
devoto que tenha pedido sua ajuda e não tenha sido atendido.
A festa de São Judas Tadeu é celebrada
no dia 28 de outubro, tanto na Igreja ocidental como na oriental. No Brasil, é
um evento que altera toda a rotina do país, pois são multidões de católicos que
querem agradecer e celebrar o querido santo padroeiro nas igrejas.
Fonte :
* Artigo na íntegra de http://www.santuariodesaojudas.org.br/index.php/2810-sao-simao-e-sao-judas-tadeu/
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