A Liturgia
das Horas e a reflexão no dia de São Pio de Pietrelcina, presbítero :
Ofício das
Leituras
Segunda leitura
Do Decreto
Presbyterorum ordinis sobre o ministério e a vida dos presbíteros, do Concílio
Vaticano II
(N.12) (Séc.XX)
A
vocação dos presbíteros à perfeição
Pelo sacramento da Ordem, os presbíteros são configurados com Cristo
sacerdote, na qualidade de ministros da Cabeça, para construir e edificar todo
o seu corpo que é a Igreja, como cooperadores da ordem episcopal. De fato, já
pela consagração do batismo receberam, como todos os cristãos, o sinal e o dom
de tão grande vocação e graça para que, apesar da fraqueza humana, possam e
devam procurar a perfeição, segundo a palavra do Senhor : Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito (Mt 5,48).
Os sacerdotes, porém, estão obrigados por especial motivo a atingir tal
perfeição, uma vez que, consagrados a Deus de modo novo pela recepção do
sacramento da Ordem, se transformaram em instrumentos vivos de Cristo, eterno
Sacerdote, a fim de poderem continuar através dos tempos sua obra admirável que
reuniu com suma eficiência toda a família humana.
Como, pois, cada sacerdote, a seu modo, faz as vezes da própria pessoa de
Cristo, é também enriquecido por uma graça especial, para que, no serviço dos
homens a ele confiados e de todo o povo de Deus, possa alcançar melhor a
perfeição daquele a quem representa, e para que veja a fraqueza do homem carnal
curada pela santidade daquele que por nós se fez Pontífice santo, inocente, sem mancha, separado dos pecadores (Hb 7,26).
Cristo, a quem o Pai santificou, ou melhor, consagrou e enviou ao mundo, se entregou por nós, para nos resgatar de
toda a maldade e purificar para si um povo que lhe pertença e que se dedique a
praticar o bem (Tt 2,1), e assim, pela Paixão, entrou na sua glória. De
modo semelhante, os presbíteros, consagrados pela unção do Espírito Santo e
enviados por Cristo, mortificam em si mesmos as obras da carne e dedicam-se
totalmente ao serviço dos homens, e assim podem progredir na santidade pela
qual foram enriquecidos em Cristo, até atingirem a estatura do homem perfeito.
Deste modo, exercendo o ministério do Espírito e da justiça, se forem
dóceis ao Espírito de Cristo que os vivifica e dirige, firmam-se na vida
espiritual. Pelas próprias ações sagradas de cada dia, como também por todo o
seu ministério, exercido em comunhão com o bispo e com os outros presbíteros,
eles mesmos se orientam para a perfeição da vida.
A santidade dos presbíteros, por sua vez, contribui muitíssimo para o
desempenho frutuoso do próprio ministério; pois, embora a graça divina possa
realizar a obra da salvação também por meio de ministros indignos, contudo Deus
prefere, segundo a lei ordinária, manifestar as suas maravilhas através
daqueles que, dóceis ao impulso e direção do Espírito Santo, pela sua íntima
união com Cristo e santidade de vida, podem dizer com o Apóstolo : Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em
mim (Gl 2,20).
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