domingo, 13 de julho de 2014

São Camilo de Lellis, Presbítero

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)



Nasceu em Chieti, nos Abruzos (Itália), em 1550; seguiu primeiramente a carreira militar e, quando se converteu, consagrou-se ao cuidados dos enfermos. Terminados os estudos e ordenado sacerdote, fundou uma Congregação destinada a construir hospitais e atender os doentes. Morreu em Roma, no ano 1614.


A Liturgia das Horas e a reflexão no dia de São Camilo de Lellis, 
Presbítero :

Ofício das Leituras

Segunda leitura
Da Vida de São Camilo, escrita por um companheiro seu
(S. Cicatelli, Vita de P. Camillo de Lellis, Viterbo, 1615)        (Séc.XVIII)

Servindo o Senhor nos irmãos
Começarei pela santa caridade, raiz de todas as virtudes e dom familiar a Camilo mais do que qualquer outro. Ele vivia sempre inflamado pelo fogo desta santa virtude, não só para com Deus, mas também para com o próximo, especialmente os doentes. Bastava vê-los para que se enchesse de ternura e se comovesse no mais íntimo do coração, a tal ponto que esquecia completamente todas as delícias, prazeres e afetos terrenos. Quando tratava de algum doente, parecia doar-se com tanto amor e compaixão que, de bom grado, tomaria sobre si toda doença, pra aliviar-lhe as dores ou curar as enfermidades.

Contemplava nos doentes, com tão sentida emoção, a pessoa de Cristo que, muitas vezes, quando lhes dava de comer, pensando serem outros cristos, chegava a pedir-lhes a graça e o perdão dos pecados. Mantinha-se diante deles com tanto respeito, como se estivesse realmente na presença do Senhor. De nada falava com mais frequência e com mais fervor do que da santa caridade. O seu desejo era imprimi-la no coração de todos os homens.

Para incutir em seus irmãos religiosos esta santa virtude, costumava recordar-lhes aquelas dulcíssimas palavras de Jesus Cristo : Eu estava doente e cuidastes de mim (Mt 25,36). Parecia que ele tinha estas palavras verdadeiramente gravadas em seu coração, tal era a frequência com que as dizia e repetia.

Camilo era um homem de tão grande caridade, que tinha piedade e compaixão não somente dos doentes e moribundos, mas também, de modo geral, de todos os outros pobres e miseráveis. Seu coração era tão cheio de bondade para com os indigentes, que costumava dizer : ‘Ainda que não se encontrassem pobres no mundo, os homens deveriam andar a procura-los e desenterra-los, para lhes fazerem o bem e praticar a misericórdia para com eles’.


Fonte :
‘In Liturgia das Horas III’, 1423, 1424


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