Nasceu em Chieti, nos Abruzos (Itália),
em 1550; seguiu primeiramente a carreira militar e, quando se converteu,
consagrou-se ao cuidados dos enfermos. Terminados os estudos e ordenado
sacerdote, fundou uma Congregação destinada a construir hospitais e atender os
doentes. Morreu em Roma, no ano 1614.
A Liturgia
das Horas e a reflexão no dia de São Camilo de Lellis,
Presbítero :
Ofício das
Leituras
Segunda leitura
Da Vida de
São Camilo, escrita por um companheiro seu
(S. Cicatelli, Vita de P. Camillo de Lellis, Viterbo, 1615) (Séc.XVIII)
Servindo
o Senhor nos irmãos
Começarei
pela santa caridade, raiz de todas as virtudes e dom familiar a Camilo mais do
que qualquer outro. Ele vivia sempre inflamado pelo fogo desta santa virtude,
não só para com Deus, mas também para com o próximo, especialmente os doentes.
Bastava vê-los para que se enchesse de ternura e se comovesse no mais íntimo do
coração, a tal ponto que esquecia completamente todas as delícias, prazeres e
afetos terrenos. Quando tratava de algum doente, parecia doar-se com tanto amor
e compaixão que, de bom grado, tomaria sobre si toda doença, pra aliviar-lhe as
dores ou curar as enfermidades.
Contemplava
nos doentes, com tão sentida emoção, a pessoa de Cristo que, muitas vezes,
quando lhes dava de comer, pensando serem outros cristos, chegava a pedir-lhes
a graça e o perdão dos pecados. Mantinha-se diante deles com tanto respeito,
como se estivesse realmente na presença do Senhor. De nada falava com mais
frequência e com mais fervor do que da santa caridade. O seu desejo era
imprimi-la no coração de todos os homens.
Para incutir
em seus irmãos religiosos esta santa virtude, costumava recordar-lhes aquelas
dulcíssimas palavras de Jesus Cristo : Eu
estava doente e cuidastes de mim (Mt 25,36). Parecia que ele tinha estas
palavras verdadeiramente gravadas em seu coração, tal era a frequência com que
as dizia e repetia.
Camilo era
um homem de tão grande caridade, que tinha piedade e compaixão não somente dos
doentes e moribundos, mas também, de modo geral, de todos os outros pobres e
miseráveis. Seu coração era tão cheio de bondade para com os indigentes, que
costumava dizer : ‘Ainda que não se
encontrassem pobres no mundo, os homens deveriam andar a procura-los e desenterra-los,
para lhes fazerem o bem e praticar a misericórdia para com eles’.
Fonte :
‘In
Liturgia das Horas III’, 1423, 1424
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